Jean-Pierre Chabloz foi um assíduo colaborador do jornal O Estado, com sua página dominical sobre Artes e comportamento, nas getões de Alfeu Aboim e Walter de Sá Cavalcante.
Na edição de 24 de setembro de 1945, Chabloz ilustrou a capa do jornal com um desenho colorido, impresso em três cores — um grande feito para a época — sugerindo um alvorecer e superpondo uma multidão ao logotipo do jornal. Um texto interno destacava esta e outra inovação para marcar os oito anos do jornal.
“Na primeira página trazemos hoje magnífica tricromia alusiva a data que festejamos da autoria do professor Jean-Pierre Chabloz, espírito culto e brilhante que se tem imposto ao nosso conceito e admiração.
Na terceira página publicamos também outra tricromia com o motivo da Morte de Iracema ideia do nosso jovem e talentoso colaborador Rubens de Azevêdo.”
As crônicas de Chabloz reconstroem o cotidiano daquela Fortaleza que ele viveu intensamente. A narrativa do epsiódio de um violino que encontrou acidentalmente em uma de suas visitas à Aba-Film, é primorosa e revela o detalhismo de seu estilo.
Foi Chabloz quem revelou para o Brasil e para o Mundo o gênio criativo do pintor primitivista Chico da Silva e seu fantástico mundo psicodélico.