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Fortaleza

Gilmar de Carvalho, nosso anjo pornográfico?

Um dos mais originais intelectuais cearenses, autor de livros antológicos como Parabélum, Gilmar de Carvalho teve sua fase guarda-chuva no Jornal O Estado, no começo dos anos 1970, sob a ferrenha caça às bruxas do governo Médici e seus áulicos — alguns querendo ser mais reais que o rei.

Pois Gilmar foi excomungado de um jornal local por ter escrito um conto “obsceno”. Em 1969, fez vestibular para Jornalismo. Então, a professora Adísia Sá, em julho daquele ano, convidou-o para publicar suas crônicas na Gazeta de Notícias. Seus textos deram uma confusão enorme. Gilmar, acusado de escrever pornografia, publicou somente durante quatro meses na Gazeta de Notícias.

— Foi uma forma muito sutil que encontraram para depreciar e deslegitimar o que eu fazia. Eu diria que o jornal fez o que ele podia fazer. O jornal não me acusou, não me humilhou, mas também não me apoiou. Apenas foi dito que eu não seria mais publicado.

Foi intimado a comparecer no famigerado Departamento de Ordem Política e Social — Dops.
Seu espaço seguinte foi o Jornal O Estado. Venelouis não temia caça às bruxas e detestava opressores.

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