O Venér improvisava tudo, ele tinha uma sensibilidade impressionante, eu contava uma história e, rapidamente, ele vinha com uma outra, parecida — ele inventava na hora. Era um dos melhores papos da cidade, muita gente tinha inveja de mim e do Dorian, porque não tinha a companhia do Venér. Ele tinha poucos amigos, mas grandes amizades.
E eu fui um dos felizardos que fez parte desses poucos amigos que ele tinha, com muito amor e muito carinho, e ninguém tocava em mim, nem no Dorian Sampaio, um dos homens inteligentes que o Ceará tinha, otimista, jornalista de melhor qualidade.
Franzé Leite de Morais,
desportista, amigo de Venelouis