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Parcelas s/ juros: O que virá?

Os bancos vão manter o parcelamento sem juros nas compras feitas no cartão de crédito, disse a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ontem. A afirmação vem após o presidente do BC, Roberto Campos Neto, citar um incômodo da instituição com o sistema atual de financiamento por cartão, que permite o parcelamento de compras em até 13 parcelas sem juros, durante audiência no Senado na semana passada. Segundo a Febraban afirmou em nota, “não há qualquer pretensão de se acabar com as compras parceladas no cartão de crédito”.
A Federação diz, ainda, que participa de “grupos multidisciplinares” para analisar, de um lado, as causas dos juros praticados e alternativas para um redesenho do rotativo do cartão e, do outro, o aprimoramento do mecanismo de parcelamento de compras. A entidade ainda afirmou que defende que o cartão de crédito seja mantido como “relevante instrumento para o consumo, preservando a saúde financeira das famílias”. Na mesma audiência em que citou o incômodo com o sistema de financiamento, Campos Neto também disse que o BC estuda alternativas para diminuir a inadimplência na linha do rotativo do cartão. Entre as possibilidades citadas pelo banqueiro central estão a limitação dos juros na modalidade e até a possível extinção da linha de crédito, com um parcelamento com juros mais baratos no lugar. É aguardar para ver.

PIB e inflação
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 2,26% para 2,29%, segundo o Boletim Focus, do BC. Para o próximo ano, a expectativa para o produto interno bruto (PIB) é de crescimento de 1,3%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente. Já para a inflação também foi mantida em 4,84% neste ano, a mesma da semana passada. Para 2024, a estimativa de inflação ficou passou de 3,88% para 3,86%.
Varejo dos Pais
As vendas no Dia dos Pais tiveram um alta de 7% sobre igual data de 2022. O desempenho ficou abaixo das expectativas dos varejistas que esperam um aumento de 12%, de acordo com sondagem parcial da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping. Para 67% dos comerciantes entrevistados, as vendas deste ano foram melhores do que as registradas em 2022. O valor médio das compras oscilou entre R$ 180 e R$ 220, sendo que os presentes mais adquiridos foram roupas, perfumes e cosméticos.

Com PAC 3, ideia é baixar custo-Brasil
Lula, disse, ontem, que a ideia do novo PAC é baixar o chamado ‘custo Brasil’, e que será necessário muito dinheiro para isso. O programa foi relançado na última sexta-feira, 11. “Queremos fazer as rodovias, as ferrovias que precisam ser feitas nesse País, vai precisar de muito dinheiro. Queremos baixar o custo Brasil, melhorando as condições de infraestrutura em todo território nacional”, disse o presidente da República, que viajou ontem à tarde para a posse do presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña.

Veículos
Em julho, o Ceará somou financiamento de 15,1 mil veículos, entre novos e usados, diz a B3 – salto de 17,3% sobre igual período de 2022, e queda de 0,8% sobre junho. A alta foi puxada pelo segmento de motos, 30,3% maior do que em julho de 2022, mas 11,4% menor do que em junho deste ano. Entre autos leves, a alta foi de 12,5% sobre igual período de 2022 e de 5,1% sobre junho. Já em financiamento de veículos pesados, houve queda de 1,6% sobre julho de 2022 e alta de 1,4% sobre junho.
Cara construção
O índice nacional da construção civil (Sinapi), do IBGE, apresentou variação de 0,41% em julho. A taxa é 1,02 ponto percentual menor que o índice de junho (1,43%). Com isso, o acumulado do Sinapi nos últimos 12 meses é de 4,02%. O índice de julho de 2022 foi de 1,48%. O custo da construção no Ceará, por metro quadrado, apresentou aumento em relação a junho, quando foi de 1.582,88 e chegou a R$ 1.589,42 em julho, dos quais R$ 984,05 relativos aos materiais e R$ 605,37 à mão de obra.

Fim do parcelamento não é solução, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, ontem, que o fim do parcelamento sem juros não é uma saída para acabar com as altas taxas de juros do rotativo. “Não podemos perder de vista o varejo. Porque as compras são feitas assim no Brasil, então não pode mexer nisso”, disse Haddad. Segundo o ministro, os juros do rotativo do cartão de crédito são um grande problema, mas outras soluções devem ser estudadas.


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