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Gasolina e diesel mais caros

A Petrobras reajustou, os preços da gasolina e do diesel. São os primeiros aumentos desde a implantação de sua nova política comercial, que abandonou o conceito de paridade de importação em maio. A partir de hoje, o preço da gasolina nas refinarias da estatal está 16,2% mais caro, ou R$ 0,41 por litro, para R$ 2,93. Já o diesel salta 25,8%, ou R$ 0,78 por litro, para R$ 3,80. A estatal destaca que o valor final dos produtos “é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro”. Além disso, os preços do petróleo se consolidaram em outro patamar e está “no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares”.

A empresa vinha sendo questionada pelo mercado pelo represamento de preços em um cenário de alta das cotações internacionais do petróleo. O cenário reflete a redução de importações privadas e gera preocupação no setor, já que o consumo do combustível cresce no segundo semestre, com a maior demanda pelo transporte da safra agrícola. Ontem, após os reajustes, a defasagem de preços nas refinarias da Petrobras caiu para R$ 0,45 na gasolina e R$ 0,40 no diesel, informou a Abicom. Na média nacional, os valores caíram para R$ 0,41 e R$ 0,36, respectivamente. A Petrobras diz que, considerando que a gasolina tem 27% de etanol anidro em sua mistura final, sua parcela no preço de bomba sobe R$ 0,30 por litro, para R$ 1,84. No diesel, a alta será de R$ 0,65 por litro, para R$ 2,69.

Repercussão
Para a FUP, o reajuste da Petrobrás evidencia a necessidade urgente acelerar o processo de autossuficiência no refino de derivados de petróleo, reduzindo, ou até mesmo eliminando, importações no médio e longo prazos. A demanda interna do Brasil é de 2,4 milhões de barris/dia de derivados de petróleo. Segundo o Ineep, o nível das importações de gasolina oscila bastante de mês a mês (5% a 15% do consumo), assim como diesel (20% e 30%) e o GLP, com 20% do consumo, em média.
BC atento
Atento, o BC já analisa cenário de inflação maior com o aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras. “Tem um impacto na inflação de mais ou menos 0,4% nos meses de agosto e setembro. O impacto do diesel não é direto na cadeia, mas o impacto da gasolina é direto. Então a gente provavelmente vai ter algumas previsões para cima [sobre a inflação deste ano] com o reajuste de hoje”, afirmou o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Um aceno à volta da Selic aos 13,75%?

Apagão: Falha deixa 25 Estados e DF no vácuo
Uma falha no sistema nacional de energia afetou o fornecimento de energia em estados de todas as regiões do País, na manhã de ontem. O apagão interrompeu o fornecimento de 16 mil MW de carga, segundo o ONS. O sistema foi reestabelecido totalmente às 16h30, seis horas após a falha, de acordo com o ministério de Minas e Energia. A Abradee, com base em notificações de filiados, confirmou que 25 estados e o Distrito Federal foram afetados. A exceção foi Roraima, que não está no SIN (Sistemade Integração Nacional).

Desemprego cai
A taxa de desemprego no Brasil recuou graças às baixas em somente oito unidades da federação no segundo trimestre. Segundo informou o IBGE, ante o primeiro trimestre recuaram, além do Distrito Federal (de 12% para 8,7%), os estados do Rio Grande do Norte (de 12,1% para 10,2%), Mato Grosso (de 4,5%para 3%), Pará (de 9,8% para 8,6%), Maranhão (de 9,9% para 8,8%), Minas Gerais (de 6,8% para 5,8%), Ceará (de 9,6% para 8,6%) e São Paulo (de 8,5% para 7,8%).
Desemprego cai II
No Ceará, a taxa de desocupação no 2° trimestre de 2023 foi de 8,6%, diminuindo 1% em relação ao 1º trimestre deste ano (9,6%) e ficou 1,8% menor frente ao mesmo trimestre de 2022 (10,4%). O número de pessoas em busca de emprego no Ceará, no 2º trimestre deste ano, foi estimado em 337 mil pessoas. A população ocupada no Ceará, por conta própria, foi de 28,3%. A taxa de informalidade foi de 52,5% da população ocupada, a 5ª maior entre as UFs do País.

ONS deve entregar relatório de apagão em 48h
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o ONS coloca como prazo limite 48 horas para entregar relatório com diagnóstico sobre as causas do apagão que atingiu 25 Estados do País e o DF. Além da apuração do ONS e demais órgãos setoriais, serão acionados o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e a Abin, que atuaram quando, no começo do ano, houve sabotagem a torres de transmissão de energia.


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