Lula sancionou a lei que aumenta o mínimo para R$ 1.320 e implementou a nova política de valorização do salário – antes extinta por Bolsonaro, em seu período. O objetivo é trazer aumento real do valor – ou seja, acima da inflação. Esta é uma das promessas de campanha de Lula, em contraponto a Bolsonaro, que ficou quatro anos sem a valorização. A sanção reinstaura a política de valorização anual do salário mínimo, vigente até 2015. O cálculo fica assim: o valor é corrigido pela inflação do ano anterior, com base no INPC, somado à variação positiva do PIB de dois anos atrás. O salário já é reajustado para R$ 1.320, alta de 8,9% sobre os os R$ 1.212 de 2022, desde janeiro por meio de MP.
Também foi sancionada a alteração na correção da tabela do IR, outra promessa de campanha. Com a mudança, pessoas físicas com renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ficam isentas. A isenção estava congelada em R$ 1.903,98 desde 2015. Além disso, o Presidente enviou ao Congresso a MP para cobrar, duas vezes ao ano, entre 15% e 20% dos rendimentos dos fundos de “super-ricos”. Assim, o Governo prevê arrecadar R$ 24 bilhões deste ano até 2026. Lula assinou e remeteu ao Congresso também o PL para tributar as aplicações de brasileiros no exterior em paraísos fiscais, conhecidos como offshores e trusts. Atualmente, essa tributação ocorre apenas quando o dinheiro é resgatado e enviado ao Brasil.
Juros imorais
A taxa média de juros cobrada pelos bancos de pessoas físicas no rotativo do cartão de crédito subiu em julho para absurdos 445,7% ao ano. Houve um salto de 8,7% sobre junho, quando o juro estava em 437% ao ano, diz o BC. No mês passado, a inadimplência na linha de crédito mais cara do mercado atingiu 49,5%. O rotativo do cartão de crédito vem sendo alvo de uma intensa disputa travada nos bastidores nas negociações. Assédio e dinheiro grandes por trás.
Efeito Desenrola
A inadimplência na carteira de crédito livre às pessoas físicas caiu 0,1% em julho, a 6,2%, diz o BC, após o Desenrola Brasil. Embora o recuo tenha sido marginal, o movimento observado em mais de uma modalidade de crédito livre pode refletir algum impacto do programa de renegociação de dívidas lançado pelo Governo em junho. Para o BC, é difícil mensurar o efeito do programa pois as negociações envolvem grande volume de operações com baixos valores.
MPEs regularizam mais de R$ 3 bi com a União
Os pequenos negócios, optantes do Simples Nacional, regularizaram em torno de R$ 3,2 bilhões em dívidas ativas com a União até agosto deste ano. Esse montante é resultado de transações tributárias, uma espécie de acordo para negociação de débitos fiscais junto à Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O edital 3/2023, que possibilitou esses acordos, ainda está com prazo para adesão até 29 de setembro. Os dados foram obtidos pelo Sebrae junto à PGFN.
123, bum!
A 123milhas deu início, ontem, a um ‘plano de reestruturação interna’, dez dias depois que foi deflagrada uma crise na plataforma de turismo, com o fim da emissão de pacotes e passagens promocionais. A companhia informou ainda, por meio da sua assessoria de imprensa, a redução do tamanho da equipe “para se adequar ao novo contexto da empresa no mercado”. Talvez a Americanas tenha dado suporte. Pelo menos 90 pessoas, entre coordenadores, supervisores e analistas, foram demitidos sem pena.
Confiança
A confiança da construção subiu 0,7 ponto em agosto, para 95,9 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (100,9), influenciado tanto pelas melhoras das avaliações sobre o momento atual quanto das perspectivas para os próximos meses, diz o FGV-Ibre. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,6 ponto. A situação atual cresceu 0,6 ponto, para 94,6 pontos, maior nível desde janeiro (95,1), graças à melhora do indicador de situação atual dos negócios que subiu 1,2 ponto, para 93,9 pontos.