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Tontura pode ser sinal de sobrecarga emocional, doença cardíaca, enxaqueca, estresse e ansiedade

A tontura é um sintoma comum de diversas doenças e pode ser desencadeada por causas físicas e emocionais. Entre as principais sensações estão: embrulhos no estômago, instabilidade e dor de cabeça. “É uma sensação de impotência, tudo roda e vem um enjoo enorme. A sensação é de medo, pois a visão começa a escurecer e você não sabe o que pode acontecer depois disso”, conta a dona de casa Rita de Freitas, 54 anos. Diagnosticada com labirintite, a dona de casa passou a lidar com esses sintomas de forma frequente e para conter os efeitos da tontura, ela recorre às medicações.

Foto: Divulgação

A tontura é um sintoma que pode ocorrer devido a vários tipos de doenças, desde as mais simples até as mais graves. Diante desse cenário, é super importante um diagnóstico precoce para que haja um tratamento adequado. Algumas doenças como labirintite, hérnia cervical, diabetes, hipoglicemia (Quando há falta de açúcar no sangue) podem ser ocasionados pela alteração da tireóide, pressão alta e até enxaqueca. De acordo com o clínico geral Ricardo Contesini, cardiologista esportivo, as tonturas podem ser desencadeadas por diversos fatores, entre eles também estão o estresse, nervosismo e ansiedade. O diagnóstico é fundamental para entender as principais causas.

“A tontura pode ser um sinal de doença cardíaca, principalmente se houver sintomas de arritmias.Outras alterações cardíacas também podem causar tonturas como as doenças das válvulas do coração, no qual diminuem a quantidade de sangue para o cérebro. Enxaqueca também pode ser uma causa de tontura e a sobrecarga emocional com certeza é um dos principais causadores desse sintoma. Quadro de ansiedade, estresse, nervosismo e depressão podem desencadear os sintomas de tontura. Analisar o histórico de cada paciente é fundamental, pois devemos separar o quadro de tontura para os sintomas de vertigem”, explica o médico.

Automedicação
A automedicação é perigosa para o tratamento de qualquer outra doença, segundo os especialistas, a pessoa nunca deve se automedicar. No Brasil, o cenário é preocupante, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), cerca de 79% das pessoas com mais de 16 anos admitem tomar medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica.

“Eu ando sempre com uma cartela de paracetamol na bolsa, é inevitável não sentir dor de cabeça durante o dia, principalmente quando trabalhamos com o público. Como a minha vida é muito agitada, gosto de resolver as coisas de forma prática, então ando sempre previnida”, afirma a estudante de Direito, Maria Clara, 27 anos.

Para o Dr. Ricardo Contesini, essa prática além de perigosa pode desencadear outros efeitos colaterais desconhecidos por quem toma a medicação. Dessa forma prejudica ainda mais o estado de saúde do indivíduo. “A automedicação é extremamente perigosa, a pessoa nunca deve se automedicar, pois há várias reações colaterais e muitas vezes a pessoa desconhece.Até mesmo nos casos de tontura, não é aconselhável que se realize a automedicação. Alguns remédios para tontura como o Dramin, Plasil e outros têm efeitos colaterais, e esses efeitos podem levar a outras consequências”, alerta o especialista.

Tratamento
Para iniciar um tratamento adequado, é necessário entender o histórico de cada indivíduo. Analisar se o paciente tem diabete, tireoide, labirintite ou outro tipo de doença para entender quais são os principais fatores de risco. Diante disso, vários profissionais podem tratar um quadro de tontura, mas principalmente os otorrinolaringologistas, que são os especialistas em labirintite, os clínicos geral que conseguem analisar o quadro de forma mais ampla, cardiologistas e geriatras. Os exames solicitados para um diagnóstico precoce dependem muito dos fatores de riscos e da queixa do paciente. Normalmente uma audiometria, exames de sangue, para analisar as alterações da tireoide, e também os eletrocardiogramas são solicitados nos primeiros momentos de avaliações.

“O grande problema de não se tratar a tontura, é que, pode mascarar outra doença mais grave que esteja por trás desse sintoma. O fato de não realizar um diagnóstico a pessoa não poderá identificar se o fator de risco é alteração cerebral, uma arritmia grave, pode ser uma obstrução, ou seja, podem ser diversos tipos de doenças e se não tratadas podem resultar em graves consequências”, conclui o cardiologista Dr Ricardo Contesini.

Por Dayse Lima

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