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Alimentos e bebidas retêm inflação

O preço do grupo de alimentos e bebidas no mês de agosto foi crucial para segurar a inflação para as famílias mais pobres em comparação às de rendas médias e altas, segundo levantamento do Ipea, divulgado ontem. A inflação impactou diferenciadamente as famílias com renda domiciliar muito baixa, aquelas com ganhos inferiores a R$ 2.015, registrando um aumento de apenas 0,13%. Esse valor se encontra abaixo da taxa de inflação oficial do País, que é medida pelo IPCA e calculada IBGE, a qual atingiu 0,23%. Os principais itens que apresentaram reduções significativas foram tubérculos (-7,3%), carnes (-1,9%), aves e ovos (-2,6%) e leites e derivados (-1,4%). Para as famílias de menor renda, que dedicam uma parte substancial de seus orçamentos à alimentação, essa deflação representou uma significativa economia financeira.
Por outro lado, as famílias de renda média alta, com faixa de rendimentos entre R$ 10.075 e R$ 20.151, enfrentaram uma inflação mais acentuada em agosto, totalizando 0,32%. Esses números destacam as disparidades no impacto da inflação sobre diferentes grupos de renda no Brasil. O Ipea classifica a renda baixa entre R$ 2.015 e R$ 3.022, enquanto a renda média baixa abrange de R$ 3.022 a R$ 5.037. Em contraste, as famílias brasileiras com renda domiciliar alta (acima de R$ 20.151) enfrentaram a maior inflação nos últimos doze meses, atingindo 5,89%.

Recuo
O preço das carnes tem caído mês a mês no Brasil em 2023. No acumulado do ano até agosto, o recuo médio é de 9,65%, segundo o índice oficial de inflação (IPCA). Todos os cortes pesquisados pelo IBGE ficaram mais baratos e o filé-mignon tem a maior queda no ano (-16,95%). A queda já era esperada pelo agronegócio, que aproveitou a onda de altas em 2022 para ampliar a produção. A maior quantidade de carne no mercado interno junto à melhor afra de soja e milho também influenciaram.
Recuo II
O filé-mignon lidera as quedas no ano entre todos tipos de carnes. Em seguida aparecem alcatra (-13,46%) e contrafilé (-11,77%). O frango em pedaços teve redução de 11,69%, enquanto o frango inteiro apresentou queda de 9,79%. A carne de porco caiu 4,65%. Por outro lado, ovos de galinha tiveram alta de 12,94% até agosto. Pescados subiram 3,12%. A redução observada nos açougues ainda não foi suficiente para compensar o longo período de inflação de alimentos registrado desde 2020.

O novo pátio de aviação regular do aeroporto de Juazeiro do Norte, o maior do interior do Ceará, já pode receber o Airbus A321 – após reconstruído, com intervenções no pavimento e sinalização horizontal. As instalações, ampliadas e inauguradas, ontem, incluem uma série de intervenções para adequação às normas vigentes – como a nova sala de embarque de 900m2 e um terceiro portão. Com a modernização, a capacidade operacional está dobrada, podendo atender, agora, mil passageiros no embarque e desembarque, no horário de pico.

Serviços crescem
Em julho de 2023, o volume de serviços no Ceará cresceu 3,3% frente a junho, na série com ajuste sazonal, informa o IBGE. Na série sem ajuste sazonal, frente a julho de 2022, o volume de serviços teve taxa positiva de 7,2%, influenciado, principalmente, pelos setores de serviços de informação e comunicação (18,9%). O acumulado do ano chegou a 3,2% frente a igual período de 2022. O acumulado em doze meses, que foi de 3,4% em junho para 3,5% em julho de 2023.
Novas empresas
No mês de agosto, o Ceará registrou 9.665 novas empresas, segundo a Jucec. O setor de serviços destaca-se na quantidade de aberturas, com 5.973 inscrições, seguido do comércio, com 2.930, e indústria com 762 aberturas. No período, o saldo de empresas (constituições x fechamentos), foi positivo, com 4.091 registros. Quanto a valores por atividade econômica, o varejo de artigos do vestuário e acessórios foi a que mais obteve inscrições, com 2.996 registros.

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