Laudos do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul apontaram contaminação por fungos e ovos de parasitas em amostras de molho de tomate da marca Fugini. A perícia considerou produtos de lotes diversos e adquiridos em mercados diferentes.
De acordo com a delegada Jeiselaure de Souza, da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão, cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, “todos eles têm exatamente a mesma análise para os fungos e os ovos de parasita que foram encontrados”.
A contaminação torna o produto impróprio para consumo humano porque alimentos com fungos estão associados a toxinas prejudiciais à saúde, avaliou a perícia em laudo enviado na quarta-feira (17) às autoridades. Entre as consequências, o documento aponta a piora de quadros alérgicos ou “diversos tipos de infestação nos humanos”, detalhou Jeiselaure de Souza.
A empresa ainda não foi convocada a se manifestar, o que deve ser feito amanhã [sexta-feira, 19], afirmou a delegada. “Agora, o desdobramento da investigação será com a intimação dos responsáveis da empresa, para que venham efetivamente aqui ser interrogados e aí nas próximas semanas, possivelmente, já vamos ter a conclusão deste inquérito”, disse a delegada.
À reportagem, a Fugini informou que está deixando de usar conservantes artificiais em nos produtos e alguns ingredientes. Segundo a empresa, esse processo, associado à falta de conhecimento da população, está provocando “rumores infundados” entre consumidores. Ainda de acordo com a companhia, o processo dela é automatizado e o índice de ocorrências é de três em cada milhão.
“Isso não significa, de forma alguma, que o produto tenha um problema de qualidade, mas sim que ele está passando por um processo de oxidação ou decomposição natural, assim como pode acontecer com as frutas, o ovo ou o pão, por exemplo. Esse fato também pode ocorrer pelo armazenamento por período incorreto na geladeira”, afirmou a Fugini, em nota.