Desde o início do ano, 41.799 menores de idade, entre crianças e adolescentes, foram diagnosticados com síndrome gripal em Fortaleza. Os dados foram coletados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nos 116 postos de saúde e nas seis Unidades de Pronto Atendimento (Upas) da cidade.
Segundo a SMS, esse registro foi maior nos meses de abril e maio, quando foram realizados cerca de 64% desses atendimentos, um equivalente a, aproximadamente, 26.750 pacientes.
Nenhum óbito foi registrado este ano, porém 11.384 crianças e adolescentes precisaram ser internados em decorrência dos sintomas, 173 deles ficaram reclusos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O Hospital da Criança de Fortaleza (HCF) recebeu outros 8.594 pacientes, dos quais 421 necessitaram de internação em enfermarias ou em UTI.
O aumento de casos pode estar conectado ao retorno do público infantil às atividades presenciais e ao maior contato com diferentes pessoas, além da baixa imunização da faixa-etária contra a influenza. No mês de abril, apenas 17,7% do público da capital que está apto a receber o imunizante foi vacinado.
A cobertura vacinal com os imunizantes contra o coronavírus também está baixa para esta parcela da população. De acordo com o último Vacinômetro da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), divulgado no dia oito de maio, a imunização de crianças de 5 a 11 anos, que foi iniciada em janeiro deste ano, alcançou 57,56% do público total com a primeira dose e 27,52% com a segunda dose.
Já os jovens com idades entre 12 e 17 anos registraram uma maior adesão à vacina, com 89,54% deles imunizados com a primeira dose e 71,25% imunizados com a segunda dose obrigatória.
