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H3N2: Irritação nos olhos está entre sintomas; oftalmologista alerta para cuidados

Dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), mostram que em dezembro, o Ceará atingiu 174 casos confirmados de Influenza A. Desse total, 40 infecções foram identificadas como H3N2. Para Maria Vitória Correia, médica oftalmologista e membro do corpo clínico da Clínica de Olhos Massilon Vasconcelos, no atual cenário de aumento de casos de contaminações pela variante do vírus Influenza A, H3N2, a proteção com a saúde dos olhos deve ser expandida.

Foto: Pexels

O vírus H3N2 é uma variante do Influenza A, esse é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados. Na atualidade, três tipos de vírus Influenza são conhecidos: A, B e C. O Influenza A pode ser classificado ainda em subtipos, como A (H1N1) e o A (H3N2). Os sintomas são inflamação na garganta, calafrios, febre alta durante o início do contágio, mal-estar, tosse, perda de apetite, vômito, dores nas articulações, diarreia e irritação nos olhos. Para esse último, a médica oftalmologista alerta para alguns cuidados: “como toda infecção viral de vias aéreas superiores, os olhos podem ser acometidos de conjuntivite, que é uma inflamação dessa película que reveste e protege os olhos, por isso, oriento a busca de um especialista para avaliar e tratar da melhor forma possível”, explica a oftalmologista.

As orientações quanto aos primeiros passos englobam a visita a uma unidade de saúde mais próxima à residência do indivíduo acometido pelos sintomas. Dra. Maria Vitória alerta acerca do que fazer em casos de contaminação pelo H3N2, “a princípio, apenas cuidados gerais, como manter boa hidratação, alimentação balanceada, respeitando a tolerância e aceitação, uso de soro nasal para limpeza e desobstrução, medicamentos sintomáticos para febre e/ou vômito sob orientação médica”.

A médica ainda explica que a orientação médica é essencial, evitando a automedicação. “O acometimento ocular por essa nova cepa do vírus influenza não tem sido responsável por queixas oftalmológicas, porém, por se tratar de uma nova variante, precisamos de mais tempo para observar os pacientes acometidos e tirar alguma outra conclusão”, afirma Dra. Maria Vitória, “qualquer sintoma oftalmológico precisa ser visto e avaliado pelo especialista para que sejam evitadas a automedicação e a confusão diagnóstica”.

A oftalmologista ainda alerta que a higienização é o caminho para o alívio deste sintoma. “Entre as orientações mais frequentes estão a de não coçar ou esfregar os olhos de modo algum, lavá-los com água, evitar tocar nos olhos, fazer compressas frias ou usar colírio lubrificante sob orientação.”, explica a médica.

Assim como o vírus causador da Covid-19, o Influenza é um vírus respiratório. Dessa forma, a prevenção é a mesma. “O distanciamento físico, a higienização das mãos, o uso de máscara e, é necessário ressaltar, evitar levar as mãos aos olhos, nariz e à boca”, explica Dra. Maria Vitória.

Outro alerta é que o período de incubação do vírus H3N2, ou seja, o intervalo entre a data de contato com o vírus até o início dos sintomas, é de três a cinco dias. Mas, a doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. Havendo, também, a possibilidade de que uma pessoa tenha a doença de forma assintomática.

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