Segundo pesquisa da Fiocruz, as crianças brasileiras estão 1 cm mais altas e mais obesas. O estudo foi realizado em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e University College London (Reino Unido), e publicado na semana passada pela revista The Lancet Regional Health – Americas. Ao todo, cerca de 5 milhões de crianças entre 3 e 10 anos fizeram parte da pesquisa.
Esses dados são fundamentais para a decisão de ações do poder público nos assuntos relacionados à infância. Foi constatado que crianças nascidas de 2008 em diante estão 1 centímetro mais altas, com uma observação dos nascidos desde 2001.
No levantamento em relação ao peso, crianças entre 5 a 10 anos, o excesso de peso aumentou 3,2% entre meninos e 2,7% entre meninas. Dessa forma, o aumento foi de 600 gramas. Já a elevação dos dados em relação à obesidade foi de 11,1% para 13,8% entre os meninos e de 9,1% para 11,2% entre as meninas.
Em outra faixa etária, de 3 a 4 anos, o aumento de peso ficou em 0,9% entre os meninos e 0,8% entre as meninas. Em relação à obesidade, o aumento foi de 4% a 4,5% nos meninos e 3,6% para 3,9% nas meninas. O aumento na altura é efetivo no combate à desnutrição infantil e se torna um reflexo de melhora na assistência à saúde e desenvolvimento.
A questão da obesidade retoma as discussões sobre dieta infantil e o aumento do consumo de ultraprocessados e do sedentarismo. Crianças em famílias de situação financeira vulnerável são mais propensas a desenvolver obesidade.