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Entenda porque a onda de fake news durante a tragédia no RS se intensificou tanto

Desde o início da enchente no RS os perfis bolsonaristas estão trabalhando de forma coordenada (como sempre), divulgando fakes sempre com os mesmos temas e em alta velocidade (como nas eleições), inclusive para dificultar as checagens. Eles estão agindo em três eixos temáticos principais:EIXO 1 – O Estado nada faz – são exibidos vídeos descontextualizados ou mentirosos nos quais se quer falsamente evidenciar que próprio governo está parado, não toma atitude alguma. O lema da desinformação é: “civil quem está salvando civil”, já que o governo não faz o que deveria. Só que quando o civil é de esquerda (tipo o Felipe neto que liderou uma campanha para doar 220 purificadores que vão produzir 1,5 milhão de litros de água potável por dia) é pra boicotar de todas as formas. Já quando o civil &eacu te; de direita, é tornado herói, tipo o véio da Havan, que cedeu 2 helicópteros para resgate, mas as fakes afirmam que ele teria mais aeronaves que o Estado atuando no RS, o que é mentira, já que na verdade o governo atua com 42 aeronaves, 50 viaturas, 12 barcos e mais um mega navio de guerra da Marinha. Essas fakes são repetidas, alteradas, aumentadas o tempo todo.

EIXO 2 – O Estado é responsável pelas mortes – Vídeos montados ou fora de contexto e uma quantidade maior de áudios, afirmam o governo está IMPEDINDO o socorro e a chegada de mantimentos. Exemplos: que se está pedindo nota fiscal de caminhões de doações, que a Anvisa está dificultando liberação de remédio para os gaúchos (quando a Anvisa sequer faz esse trabalho). O lema da desinformação é: “o Estado atrapalha” – exibem repetidamente vídeo s até de tragédias antigas e de outros países tentando falsamente atribuir aos agentes do Estado atitudes de perseguição ao “heróis civis”, a exemplo de: “a polícia não está permitindo que jet-skis circulem”, “o Estado está proibindo pessoas de fazerem salvamentos”, “eu vi uma família ser deixada pra trás por conta do salvamento de um cavalo”, etc. EIXO 3 – O Brasil vai piorar muito – exibem vídeos e áudios afirmando falsamente que já está faltando arroz, que as pessoas devem correr para os supermercados, que haverá racionamento, portanto, se deve estocar comida. O lema da desinformação é: “vai faltar comida” – com isso objetivam criar um clima de terror e uma corrida aos mercados elevando artificialmente a demanda por meio de estoques desnecessários, o que segundo a lei da oferta e da procura, pode de fato inflacionar os preços.Os objetivos desses três eixos temáticos de desinformação são: a) evitar uma melhora da imagem e da avaliação do governo Lula, principalmente no Sul do Brasil, que é majoritariamente bolsonarista; b) anular comparações com o Governo Bolsonaro, que além de praticamente zerar investimentos em prevenção, está diretamente relacionado ao negacionismo climático/ambiental e teve uma péssima atuação em desastres, com a imagem do Bolsonaro imitando pessoas sem fôlego durante a Covid e passeando de jet-ski enquanto a Bahia vivia um pesadelo similar; c) desgastar o governo junto ao eleitorado, provocar uma artificial alta de preços e a perda de apoio principalmente entre os mais pobres, já que a redução no preço de alimentos tem sido uma marca positiva do governo Lula.O movimento é coordenado, sistemático e repetitivo. Observe que absolutamente todos os canais bolsonaristas, e por tabela seus seguidores, estão massificando esses três eixos. Enquanto isso, o Bolsonaro apenas incentiva a percepção de caos.

Há vida na cultura. Disseminar o livro, alavancar a cultura, enaltecer a leitura, afagar o saber; assim pensam Prefeitura de Icó e Secretaria de Cultura do Ceará, quando reúnem numa Feira do Livro, de ontem até amanhã, as ideias de viagens, sonhos, sabedorias que os livros nos dão. No Largo do Theberge. Lindo!!!

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