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Estado do Ceará pede ao Ministério da Agricultura suspensão da importação de camarão e tenta evitar enfermidades devastadoras à produção nacional

Um parecer elaborado pelo Curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Ceará (UFC), a pedido da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado do Ceará, aponta graves efeitos noviços ao setor pesqueiro brasileiro com as importações de camarão oriundo do Equador e do Peru. São prejuízos sanitários e econômicos e forte impacto na cadeia produtiva de camarão no Brasil, atingindo diretamente os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Bahia. O estudo alerta para enfermidades potencialmente devastadoras que podem afetar os cultivos de camarão no Nordeste. O Secretário de Pesca e Aquiculturado do Estado, Oriel Filho, em entrevista, fez um alerta geral, revelando que apresentou o estudo da UFC ao Ministério da Agricultura e Pesca, com pedido urgente de medidas sanitárias contra uma possível contaminação da produção nacional do camarão por epizootia – enfermidade contagiosa que ataca, ao mesmo tempo e com rápida propagação, um grande número de animais. Em 2023 e 2024, o Brasil importou 1.713 toneladas de camarão descascado, eviscerado e congelado, com perdas de divisas para o exterior de R$ 67.900.000.00. O maior volume de importação – 69%, é oriundo do Equador, vindo, em seguida, Argentina (28,45%) e Peru (2,56%). Das 1.713 toneladas importadas, 84,16% do camarão foram destinados às Regiões Sul e Sudeste. O documento cita a ‘’A necessidade de proteção quanto ao risco de introdução, no território nacional, de agentes causadores de enfermidades que impactem negativamente sobre a condição sanitária do país; ‘’A sustentabilidade das cadeias produtivas’’, e ‘’A fauna brasileira de animais aquáticos’’. Segundo o parecer do Curso de Engenharia da UFC, o documento “Análise de Risco de Importação (ARI), Camarões Não Viáveis Destinados ao Consumo Humano”, elaborado, em 2019, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, desconsiderou as conclusões de pesquisadores ingleses que comprovaram que camarões congelados e descascados (WSSV positivo) originários do Equador, Honduras, Tailândia e Vietnã obtidos em um supermercado na Inglaterra, ao serem utilizados como alimento para lagostas, ocasionaram mortalidade superior a 50%, evidenciando que o termo “Não Viáveis” não é totalmente adequado. O estudo destaca, ainda, ainda que na América do Sul, diversos casos de EMS/AHPND ((síndrome da mortalidade precoce/doença da necrose hepatopancreática aguda)têm sido relatados gerando alertas no Equador e Peru, mas ‘’esses países têm omitido essa epizootia, deixando de realizar a notificação obrigatória a WOAH (Organização Mundial de Sanidade Animal)’’. A Secretaria de Pesca e Aquicultura do Ceará, com base no estudo da UFC, pede que seja verificado se os Governos do Equador e Peru realizaram a notificação à WOAH no que diz respeito aos casos de epizzotias e TiLV amplamente mencionados nos artigos científicos listados no presente documento e, em caso de negativa, impor as devidas sanções à importação de camarão provenientes desses países. A cobrança é, também, no sentido de ser ‘’realizada a suspensão da importação de camarões congelados ou cozidos, de qualquer país, quer sejam originários da pesca extrativa ou da aquicultura, até o cumprimento das exigências sanitárias uma vez que as epizootias que afetam a indústria do camarão continuam a se propagar no mundo inteiro. O documento pede ‘’Que para os contêiner em trânsito ou em processo de despacho aduaneiro em portos brasileiros, seja feita a coleta de amostras de camarão para diagnóstico de pelo menos um dos patógenos listados no documento “Procedimentos para Quarentena no Destino de Peneídeos Vivos Importados dos Estados Unidos da América – MAPA”.Com Alerta Geral.

Assinado Termo de Cooperação Interinstitucional. Cagece/Ambiental/Secretaria Especial das Mulheres para formação de mão se obra feminina para o saneamento básico. Representada por seu diretor de parecerias, Luciano Arruda, a Cagece levou à vice-governadora e Secretária Especial das Mulheres, Jade Romero, a empresa Ambiental Ceará (parceira da Cagece na PPP) para celebração do termo. A ideia é levar às mulheres cearenses mais uma oportunidade de formação de mão de obra e geração de emprego e renda.

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