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Fortaleza

A Europa vê a cortina de fumaça do Brasil

Como o Brasil reagiu ao projeto de lei que equipara o aborto ao homicídio
Mulheres brasileiras contestam o projeto de lei. No sábado (15), um projeto de lei, que equipara o aborto após 22 semanas de gravidez a homicídios e que estabelece penas de seis a 20 anos de prisão, avançou no Congresso conservador do Brasil. Contudo, a medida não foi bem aceita pela maioria da população, e até mesmo por políticos. Milhares de pessoas saem às ruas em protestos contra o projeto de lei. No fim de semana, milhares de mulheres protestaram contra o projeto de lei. Com cartazes onde se lia: “nem presa nem morta”, pessoas de todas as idades, incluindo crianças e aposentados, encheram as ruas e desceram a Avenida Paulista de São Paulo, enquanto gritavam: “uma criança não é mãe, um violador não é pai”. A legislação foi criticada principalmente por grupos feministas, ao argumentar que as mudanças teriam um grande impacto nas crianças vítimas de abuso por parte de familiares. Os protestos começaram na passada quinta-feira, nas maiores cidades do Brasil, e perduraram até sábado. Mas as manifestações não se ficaram por aqui. Houve quem tivesse aproveitado a ocasião para realizar ataques cibercriminosos aos sites dos deputados que se revelam a favor deste projeto de lei. “Em apoio aos #AtosContraPL1904 estamos trabalhando para deixar sem site os deputados que disseram sim ao PL. Até ao momento mais de 10 sites já foram derrubados e a lista só vai aumentar”, escreveu um utilizador no X. Nas redes sociais, as hashtags #PLdoEstuproNão e #CriançãoNãoÉMãe estiveram entre os assuntos mais falados no X. As publicações com as hashtags incluíam ainda fotografias do autor do projeto de lei, Sostenes Cavalcante, e de outros 32 congressistas, também autores do projeto de lei. “São eles que querem que nós e nossas crianças sejamos criminalizadas ao abortar em casos de violência sexual. São eles que votam favoráveis a estupradores e pedófilos”, escreveu um utilizador no X. O assunto também não passou ao lado dos políticos, incluindo do presidente brasileiro Lula da Silva, que considerou no sábado o projeto de lei uma “insanidade”. “Acho que é insanidade alguém querer punir uma mulher numa pena maior que o criminoso que fez o estupro. É, no mínimo, uma insanidade”, disse em entrevista a jornalistas. “Quando alguém apresenta uma proposta que a vítima tem que ser punida com mais rigor do que o estuprador, sinceramente, não é sério.” Confrontado com as críticas de que as vítimas de violação que procuram abortar poderiam enfrentar penas piores do que os violadores, Sostenes Cavalcante, disse que irá impor penas mais duras para a violação. Atualmente as penas máximas podem ir até 10 anos de prisão.

O aborto na cortina de fumaça. Ainda na imprensa europeia: Centenas de mulheres brasileiras voltaram a sair às ruas de São Paulo para protestar contra um projeto de lei para restringir o aborto, que após as 22 semanas seria tratado como homicídio. Foi a segunda manifestação em três dias na cidade contra a proposta, que estabeleceria penas semelhantes às previstas para o crime de homicídio para a interrupção de gravidez depois de 22 semanas, mesmo em caso de violação.

Almoço com parceiros
A pedido dos deputados estaduais aliados, Cid Gomes almoçou com eles na segunda-feira. Conversa animada, mas cheia de dúvidas e colocações. Ano de eleição é assim mesmo; protagonistas sobrevivem a almoços e jantares.
Os evangélicos de verdade
Voz progressista dentro dos evangélicos, a teóloga e pastora batista Odja Barros afirma que o PL que equipara o aborto ao crime de homicídio repete uma velha máxima usada há séculos: o uso indevido do nome de Deus por homens para manter as mulheres sob seu domínio.
Fora do dia
No corre-corre poucos notam o que ocorre nas cidades fora dos movimentos de comércio, trabalho,indústria,escolas e tal. O tempo; nos últimos dias ,na Serra Grande,por exemplo de Viçosa ao Ipu, as temperaturas têm variado de 16 a 18 graus nas madrugadas e manhãs.Na Meruoca também.

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