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Fortaleza

Direita-Centro-Esquerda

Paris(França) 18 graus – E tá esfriando – É o seguinte: como o voto aqui é distrital, cada circunscrição (distrito) elege um deputado. Os candidatos que conseguiram mais de 50% dos votos no distrito já foram eleitos (ou reeleitos) ontem. Como normalmente há pelo menos quatro candidatos por distrito (cada partido/coligação indica seu cabeça de lista naquele distrito), é difícil obter 50% dos votos já no 1º turno; no 2º turno, ganha aquele que tiver mais votos. O que ocorre é que muitas vezes o 3º colocado retira a candidatura e o eleitorado tem de escolher entre os outros dois. A Nova Frente Popular – coligação improvisada que reúne agora todas as esquerdas, do partido socialista aos comunistas, passando pelo France Insoumise (LFI, do Jean-Luc Mélenchon) e seus radicais de extrema-esquerda – desesperada com o avanço do Rassemblement National (RN), está convocando os que ficaram em terceiro lugar a retirarem suas candidaturas e apoiarem qualquer outro candidato, desde que não seja do RN, num esforço deseperado de impedir a chegada do Bardella ao poder. É o que eles chamam de “faire barrage aux extrêmes”. A ironia é que o LFI também é cheio de radicais, só que de esquerda. A ver como reagirá o eleitor domingo que vem – se vão atender o apelo da Frente Popular e barrar o RN de obter maioria absoluta ou entregar o país pela primeira vez – e pelo voto – ao grupo liderado pela Marine Le Pen.

Primeiro-ministro francês pede a portugueses que votem e avisa que extrema-direita quer dividir por nacionalidade. O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, afirmou esta terça-feira à imprensa que “é muito importante” que os lusodescendentes vão votar na segunda volta das legislativas, salientando que a União Nacional quer “dividir os franceses” segundo a nacionalidade. Em declarações à imprensa à margem de uma ação de campanha no centro de Paris, Gabriel Attal foi questionado se considera que os portugueses residentes em França devem ir votar nas eleições de domingo.

Obviedade
“Claro, é muito importante que todos os franceses vão votar”, respondeu o chefe do executivo francês. Gabriel Attal avisou que a União Nacional (Rassemblement National (RN), em francês) “quer dividir os franceses entre eles”.
Conclamação ao voto
“Portanto, se é francês com outra nacionalidade – e é o caso para três milhões e 500 mil franceses, porque têm origens e histórias familiares diferentes – para a União Nacional isso significa que vale menos do que os outros”, afirmou, reforçando que “é muito importante que todos os franceses vão votar”.
Relações França-Portugal
Já interrogado se acha que o projeto da União Nacional poderia pôr em causa as relações bilaterais entre a França e Portugal, Attal respondeu: “Em todo o caso, nós sabemos que temos um projeto que é profundamente europeu, que luta por uma Europa forte, porque isso também é do interesse dos franceses”. “Do outro lado, temos uma União Nacional que, segundo o que vemos, propõe uma saída progressiva da Europa”, referiu, acusando o partido de querer “parar de pagar a contribuição francesa para o orçamento europeu” e “deixar de respeitar as regras europeias”.”Isso, claro, teria um impacto muito forte nas nossas relações com os outros países europeus”, avisou.

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