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Turismo no País vai crescer 2,9% no ano, projeta CNC

O turismo brasileiro deverá crescer 2,9% no ano. A previsão, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), era de 2,7%, mas diante do atual cenário, a entidade aumentou a perspectiva de avanço. Aliado a isso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia 12, que, apesar de um ligeiro declínio comparado ao crescimento de 0,3% no mês anterior, a receita do setor de serviços, fundamental para o turismo, manteve-se estável em maio. Este cenário reflete uma perda mensal em apenas um dos últimos sete meses.

José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, destacou que o desempenho do setor de serviços reflete um aumento de 12,7% em relação ao período pré-pandemia (fevereiro de 2020). Setores como serviços às famílias e serviços profissionais apresentaram crescimentos de 3,0% e 0,5%, respectivamente, ajudando a sustentar o volume de receitas. Em contraste, os setores de informação e transportes experimentaram quedas de 1,1% e 1,6%, respectivamente.

A inflação dos serviços registrou um aumento de 5,1% em maio, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), marcando uma desaceleração em relação aos 6,5% observados no mesmo período do ano anterior. Tadros salientou que a moderação dos preços tem apoiado o crescimento dos serviços.

O setor turístico, em particular, vem mostrando sinais de recuperação expressiva. Entre janeiro e maio, o Brasil recebeu 3,28 milhões de turistas internacionais, um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e o maior número desde 2018. A maior parte desses visitantes chegou por vias aéreas, com destaque para um aumento significativo de turistas do Paraguai, França e Portugal. O economista da CNC, Fabio Bentes, notou que, apesar de não ser um recorde em número de visitantes, a receita gerada por turistas internacionais atingiu o pico de US$ 3,21 bilhões nos primeiros cinco meses do ano, um aumento de 17,8% em comparação ao mesmo período do ano passado.
No entanto, o aumento nos preços das passagens aéreas tem sido um desafio para o turismo interno. Mesmo com um aumento acumulado de 20% no preço das passagens aéreas até maio, após um aumento de 47% no ano anterior, o setor ainda conseguiu manter um crescimento de 4% nos últimos 12 meses. Ainda assim, Bentes aponta que esse reajuste pode ser um obstáculo para a plena recuperação do turismo interno.

Para fortalecer ainda mais a indústria turística, a CNC está colaborando com autoridades locais e nacionais para promover o turismo em diversas regiões do país, com o objetivo de diversificar as ofertas turísticas e atrair mais visitantes internacionais. Este esforço inclui a promoção de festivais culturais, eventos esportivos e melhorias na infraestrutura turística, que são fundamentais para sustentar o crescimento a longo prazo do setor.

Essas iniciativas são parte de uma estratégia mais ampla para consolidar o setor de serviços como um pilar crucial da economia brasileira, proporcionando não apenas crescimento econômico, mas também desenvolvimento social e cultural. Com o apoio continuado das políticas públicas e um foco renovado na qualidade e diversificação dos serviços, o Brasil se posiciona para maximizar o potencial de seus ativos turísticos e serviços, trazendo benefícios significativos para a economia nacional e para a população em geral.

Destaque
Fundamental para o desempenho do turismo, um estudo recentemente publicado pela AirHelp Score classificou os aeroportos mais bem avaliados pelos passageiros ao redor do mundo. Entre 239 aeroportos avaliados, destacaram-se Brasília (DF) e Belém (PA) como os representantes brasileiros mais bem posicionados, ocupando o quinto e nono lugar, respectivamente.

Os critérios avaliados pelos usuários incluíram pontualidade dos voos, qualidade dos serviços (incluindo equipe, tempo de espera, pontualidade e limpeza) e qualidade das opções de alimentação e compras. O Aeroporto Internacional de Brasília recebeu notas de 8,6 para pontualidade, 8 para qualidade dos serviços e 7,9 para opções de alimentação e lojas, totalizando uma pontuação final de 8,32. Já o Aeroporto de Belém obteve notas de 8,3 para pontualidade, 8,1 para qualidade dos serviços e 8,3 para opções de alimentação e lojas, com uma pontuação final de 8,26.

Além de Brasília e Belém, outros aeroportos brasileiros também foram reconhecidos entre os primeiros colocados: Guararapes, em Recife-PE (14º); Confins, em Belo Horizonte-MG (19º); Salgado Filho, Porto Alegre-RS (26º); Santos Dumont, Rio de Janeiro-RJ (40º); Afonso Pena, Curitiba-PR (46º); Congonhas, São Paulo-SP (57º); Guarulhos, São Paulo-SP (59º); Viracopos, Campinas-SP (62º); Hercílio Luz, Florianópolis-SC (65º); e Galeão, Rio de Janeiro-RJ (67º). Os primeiros colocados globais foram o Aeroporto de Hamad, no Catar, seguido pelo Aeroporto da Cidade do Cabo, na África do Sul, e pelo Terminal de Chubu Centrair, no Japão.

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