O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou positivamente a previsão de crescimento econômico do Brasil para 2025, destacando os esforços de reconstrução após as enchentes no Rio Grande do Sul. As novas estimativas, divulgadas nesta terça-feira (16), apontam para uma expansão de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação às previsões de abril. Segundo o relatório Perspectiva Econômica Global do FMI, a revisão reflete tanto a reconstrução pós-desastres quanto fatores estruturais positivos, como o aumento da produção de hidrocarbonetos.
Para 2023, o FMI ajustou a projeção de crescimento do Brasil para 2,1%, uma ligeira redução de 0,1 ponto percentual em relação à estimativa anterior, citando as enchentes no Rio Grande do Sul, uma política monetária ainda restritiva, um déficit fiscal mais baixo e a normalização da produção agrícola. Em uma avaliação pós-visita ao Brasil, o FMI projeta um fortalecimento do crescimento para 2,5% no médio prazo, uma melhoria de 0,5 ponto percentual desde a última visita em 2023, devido aos ganhos de eficiência com a reforma tributária e o aumento da produção de hidrocarbonetos.
O início de 2023 foi promissor para a economia brasileira, com um crescimento de 0,8% no primeiro trimestre em comparação com o trimestre anterior. No entanto, o segundo trimestre foi afetado pelas intensas chuvas no Rio Grande do Sul entre abril e maio, impactando as safras agrícolas, indústrias e a logística no estado. Apesar desses desafios, analistas observaram que os impactos negativos foram menores do que o esperado, graças a resultados acima do previsto em diversos setores econômicos. O IBGE divulgará os números do PIB brasileiro para o segundo trimestre no dia 3 de setembro.
No contexto regional, a revisão para baixo das previsões de crescimento do Brasil influenciou a estimativa para a América Latina e o Caribe, que foi reduzida para 1,9% em 2023, de 2% em abril.