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Lula defende investimentos sociais em meio a pressão por corte de gastos

Ele vem sendo cobrado pelo mercado para fazer cortes de gastos para minimizar o déficit nas contas públicas

Por Redação O Estado

A declaração foi dada no encerramento da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência / Foto: Divulgação

O presidente Lula (PT) questionou, nessa quarta-feira (17), o custo para o país por atrasos históricos em investimentos sociais. Ele vem sendo cobrado pelo mercado para fazer cortes de gastos para minimizar o déficit nas contas públicas.

“Todo santo dia nesse governo, toda vez que a gente vai discutir assunto qualquer, sempre aparece artigo no jornal, na revista, na TV, para dizer: ‘não, vai gastar muito, gastar com educação, com saúde, com transporte, com reforma agrária, com pessoa com deficiência’”, disse o petista.

“A pergunta que eu faço é a seguinte: quanto custou neste país não cuidar das coisas certas no tempo certo? Quanto custou a esse país não fazer reforma agrária na década de 1950, quando grande parte do mundo fez? Quanto custou passar sete anos sem aumentar o valor da merenda escolar? Quanto custou a esse país não investir nas universidades no tempo certo?”, questionou.

O presidente afirmou que diz “todo dia que é questão de indignação. Precisava um cara que não tem diploma universitário dizer para esse país que não custa nada fazer universidade, instituto federal e formar pessoas. Tenho convicção plena de que só faço isso pela minha origem”, completou, sob aplausos da plateia.

A declaração foi dada durante a solenidade de encerramento da 5ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Nas últimas semanas, Lula adotou, com mais ênfase, discurso de respeitar a responsabilidade fiscal, após desconfiança crescente dos agentes econômicos quanto ao compromisso do governo em cumprir as regras fiscais vigentes.

Após período de volatilidade no mercado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que o presidente determinou a preservação do arcabouço fiscal e anunciou corte para 2025 de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais, que passarão por pente-fino. Esses eram justamente os sinais mais cobrados pelo mercado financeiro diante da ampliação das incertezas fiscais.

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