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Eu amo meu filho

Renata Cândido, professora do ensino fundamental, tornou-se mãe aos 40 anos de idade. O exercício devoto, responsável e amoroso da maternidade foi a mudança significativa que a adoção trouxe para sua vida. O desejo pela maternidade já existia e essa realização diária gerou no coração dela novo ânimo para encarar os desafios próprios da existência terrena, outros na área da saúde e viver a compensação do amor acolhedor de mãe. Renata é filha por adoção de uma família de oito irmãos, natural de Fortaleza no Ceará. “Minha mãe sempre disse que eu nasci do coração dela. Eu sempre fui muito amada e muito respeitada pela minha família. Somos oito irmãos! Além do desejo de gerar uma criança, um filho por meio da adoção sempre esteve no meu coração.”, declara Renata.

ADOÇÃO LEGAL

Renata pesquisou sobre o caminho legal para a adoção de crianças na Internet e obteve informações seguras para ir, pessoalmente, ao Setor de Adoção no Fórum Clóvis Beviláqua em Fortaleza. Ela e o esposo Antônio Carlos dos Santos dirigiram-se ao local no início de 2015. O casal recebeu uma relação de documentos para apresentar ao Poder Judiciário a fim de dar continuidade à formação e à habilitação deles no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). A formação do casal ocorrera logo depois, aproximadamente, quatro meses após o início do processo administrativo para a postulação deles à adotantes. Eles obtiveram a habilitação em maio de 2015.

PERDA FAMILIAR E A SAÚDE DE RENATA

O esposo de Renata faleceu um ano após eles estarem habilitados no CNA. Antônio Carlos dos Santos descobriu um CA em fase avançada e não resistiu. Ele foi um dos maiores apoiadores dela entre familiares e amigos próximos para a adoção de filhos. Ela cumpriu um ano de luto e decidiu voltar ao Fórum após esse período para atualizar suas informações pessoais e continuar o caminho para adoção de uma criança. Pouco tempo depois, descobriu que estava com uma enfermidade séria em fase inicial e iniciou o tratamento de quimioterapia. “Eu estava finalizando a última sessão de quimioterapia quando ligaram do Fórum perguntando se eu estava pronta para conhecer o meu filho!”, compartilha Renata. Ela estava no hospital sentado na maca, recebendo a última medicação e foi “aquela chuva de emoção” ao ouvir a voz do outro lado da linha. Naquele momento, recebeu a resposta de Deus que tudo daria certo, completa Renata.

VISITA AO ABRIGO

Em 28 de outubro de 2018, o funcionário do Cadastro Nacional de Adoção entrou em contato com Renata. Foram dois anos e seis meses de espera para conhecer uma criança acolhida institucionalmente. Ela foi conhecer um menino com dois anos e oito meses de idade, destituído do poder familiar, e estava acompanhada de uma amiga advogada. Renata relata que sentiu medo de negarem a continuidade dela no processo de adoção por conta do tratamento de saúde, no entanto, o período de convivência com a criança e os encaminhamentos do processo de adoção seguiram dentro da normalidade, visto que, os funcionários do Fórum e do Abrigo Casa de Jeremias cooperaram para que tudo ocorresse com justiça. Renata concluiu a primeira etapa do tratamento com a boa notícia da ligação para conhecer uma criança e obteve a cura da enfermidade nos meses seguintes. “Quando me viram de lenço na cabeça no abrigo, entenderam que eu estava atravessando uma enfermidade e eu tive que explicar. Os cuidadores me apoiaram e oraram por mim.”, declara.

ADOÇÃO DE 

NATANAEL

“Não foi amor a primeira vista com meu filho como algumas pessoas falam. Eu fui chegando devagarinho. Em quase todos os meus dias de licença médica, eu estava lá com ele. Depois, dei entrada no pedido para levá-lo no período do Natal e Ano Novo em 2018 para casa e passamos esse tempo ainda mais próximos.”. A guarda provisória do Natanael foi emitida em maio de 2019 e a guarda definitiva em agosto de 2019. Natanael foi um presente de Deus, a esperança para viver e lutar. Renata declara que já estava lutando, e Natanael foi essa nova força que ela precisava!

PRESENTE  E FUTURO

“A troca de amor é diária com Natanael. Eu amo meu filho, e sinto que ele me ama grandemente. Mamãe cuida de mim, ele diz. Antes ele não gostava de beijo, nem de carinho. Para o presente e para o futuro: eu cuidando dele e ele cuidando de mim!”. Renata e Natanael passarão o Natal e o Ano Novo reunidos com toda a família, os oito irmãos de Renata, cunhadas, quinze sobrinhos e amigos muito próximos.

Por Caroline Milanêz

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