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2019 repleto de novidades

 

A transformação em lei do programa Rota 2030 e a regulamentação de alguns dos seus itens principais vão impactar as estratégias de lançamentos de produtos fabricados no Brasil ou na Argentina, já a partir do próximo ano. Um dos pontos sensíveis foi o enquadramento de modelos híbridos, com motor flex, em uma nova categoria fiscal. Eles não estavam contemplados com nenhuma diferenciação de imposto sobre os que utilizam apenas gasolina.

Antes, é preciso explicar o IPI nos carros atuais. Até 1 litro de cilindrada a alíquota de 7% aplica-se a qualquer combustível. Entre 1 e 2 litros, gasolina tem alíquota de 13% e motores flex (ou só a etanol), 11%. Acima de 2 litros, 25% e 20%, respectivamente. Agora, um híbrido flex se enquadra numa faixa de IPI de até 8%.
Deve-se destacar que um modelo com essa motorização, se abastecido com etanol, apresenta emissão de CO2 (gás de efeito estufa) quase igual à de um carro elétrico cuja bateria seja recarregada por energia de fonte fóssil (termoelétrica a carvão, gás ou diesel). Tudo dentro do conceito de ciclo fechado (do “poço” à roda, no jargão técnico).

A mudança fiscal levou a Toyota a anunciar, imediatamente, que fabricará um automóvel com essa solução alternativa no Brasil, sem marcar data ou apontar um produto. Mas é fácil concluir que se trata da 12ª geração do Corolla, a ser lançada em agosto ou setembro próximo, e sua versão híbrida flex, em novembro ou dezembro. Como o preço deverá ser um pouco mais em conta que o atual híbrido Prius, este provavelmente deixará de ser comercializado aqui.
Outra japonesa, a Nissan, aproveitará para lançar o Kicks e-Power, elétrico de baixo custo por utilizar um motor/gerador para carregar uma pequena bateria de tração. O motor poderá usar etanol ou gasolina (flex) e alcançar entre 25 e 35 km/l, respectivamente. Talvez fique para 2020.
Em 2019 haverá muitas novidades, embora não seja possível prever todos os meses exatos. Logo em janeiro surge o Caoa Chery Tiggo 8 (versão de sete lugares do 5x). Ainda no final do primeiro trimestre chega às concessionárias o VW T-Cross, nova referência entre SUVs compactos. A marca alemã também terá Polo e Virtus GTS, além do híbrido Golf GTE. Será um ano muito forte para a GM. As principais atrações são a segunda geração de Onix e Prisma (hatch e sedã mais vendidos no País) e a estreia de novos motores de três cilindros. Previsão: meados do segundo semestre.

Para a Hyundai, 2019 será importante com a segunda geração dos HB20/HB20S (hatch e sedã), ainda no primeiro semestre, cuja diretriz de estilo é o conceito Saga, exibido no recente Salão do Automóvel de São Paulo. Renault terá reestilização de meia-geração do Sandero e do Logan, no segundo trimestre. Peugeot 2008 e Suzuki Jimny (este apresentado no salão paulista) também receberão atualizações mais profundas, no primeiro trimestre. O mercado de picapes também terá novidades. Além da Mercedes-Benz Classe X no segundo semestre, Ranger Storm foi confirmada para novembro. Incógnita continua sendo a Renault Alaskan, irmã gêmea da Nissan Frontier, em razão do imbróglio Carlos Ghosn que abala a aliança franco-nipônica.

Tiggo 5X, é aposta forte da CAOA Chery nos SUVs. Com 2,63 m de distância entre eixos, garante espaço interno superior aos atuais rivais. Conjunto mecânico de primeira linha: motor turboflex de 1,5 L/150 cv (etanol) e câmbio automatizado de duas embreagens (seis marchas) proporciona trocas bem rápidas. Freio de imobilização elétrico automático é muito útil no para-e-anda do trânsito.

Destacam-se ainda no Tiggo 5x banco do motorista elétrico, monitoramento de pressão e temperatura dos pneus, multimídia de 9 pol. e rodas de 18 pol. de diâmetro. Suspensão poderia ser um pouco mais firme, mas o mercado tem preferido esse tipo de acerto. Porta-malas de 340 litros é um ponto fraco. Preços bastante competitivos: R$ 86.990 a 96.990.

Evolução de meia geração do Honda HR-V destaca-se pelo acerto da suspensão. Um pouco mais macia, sem comprometer comportamento em curvas, absorve melhor as irregularidades do piso. Novos bancos aumentaram o conforto e “abraçam” melhor o corpo. Câmbio CVT evoluiu discretamente, mas só na posição “S” da alavanca desempenho ganha vida.

Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) analisou números de mortos no trânsito de 2011 a 2016. Houve redução de 15%, mas o Brasil não deve alcançar a meta proposta pela ONU até 2020. Neste ritmo, a previsão é de que o Brasil registre 33 mil óbitos/ano ao fim do prazo.

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