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Fortaleza

Cid causa inquietação

Declarações do senador Cid Gomes ao jornal O Estado de São Paulo sobre a sucessão municipal em Fortaleza terminaram gerando inquietação entre lideranças e liderados do PT. Isso, em consequência da afirmação de ter se colocado contra uma candidatura imposta pelo PT, quando esse partido já tem em seu poder o Governo do Estado. O tema se torna preocupante quando todos querem um naco do poder centralizado no PT administrando com mão de ferro o imenso patrimônio que está em jogo. A coligação governista não foi convocada para se manifestar sobre o que parece já sacramentado sem que os aliados opinassem. O senador adverte que é necessário ver a importância do momento não só na capital mas também no interior, onde as oposições preparam o seu ataque ao fisiologismo usado como moeda para cooptar os contrários que também sonham em vencer o processo eleitoral apostando no inconformismo de governistas alijados dessa disputa. O fato é que Cid Gomes não quer o PSB apenas como algo que lhe sirva como taboa de salvação para sair do PDT. Ele trabalha para construir um PSB forte para influenciar decisões da governabilidade no mesmo pé de igualdade com o protagonismo que ele acha que merece depois de ter proporcionado ao PT a chance de chegar ao governo do estado amparado por ele que fez de Camilo Santana Governador, mesmo não integrando o seu partido, com um processo de engenharia iniciado em Sobral quando fez de Veveu Arruda seu vice prefeito. Na verdade o senador está cobrando hoje o que acha que lhe é devido até com certa modéstia por nunca ter alegado que as dificuldades que o levaram a romper com o irmão Ciro deixando o PDT foram consequências do protecionismo que sempre dedicou aos petistas saindo da cena política por discordar dos frequentes ataques de Ciro a Lula. Ao especular com o nome da ex-governadora Izolda Cela como candidata à prefeitura de Fortaleza ele exerce com propriedade uma opção legítima, afirmando que a eleição de um candidato de um dos partidos aliados ao PT tornaria as forças governistas mais sólidas. O PT assim não entende, preferindo acreditar que se trata de um confronto para tomar para o PSB o maior colégio eleitoral do estado, como se ele não acreditasse nas chances de vitória do candidato petista ao Paço Municipal, meta que também se tornará difícil sem a participação dele na campanha de Evandro Leitão. Alianças constituídas por muitos partidos todos querendo o poder, tem esse problema que faz parte das tratativas para a escolha do nome para representar a coligação. As intenções do senador são claras e objetivas para marcar presença em um território dominado pelos seus “amigos” Camilo e Elmano, que já decidiram em nome da coligação quem deve liderar a chapa à prefeitura de Fortaleza, sem consultar a base aliada.

Encontro em vez de prévia. Um encontro de dirigentes, lideranças e militâncias do PT terá resultados mais produtivos do que prévias que trazem o risco de gerar sequelas no partido. Esse é o ponto de vista do governador Elmano de Freitas, lembrando que todos os candidatos eleitos a governador foram escolhidos esse forma.

Corrente de Guimarães. Ontem, o deputado José Guimarães confirmou o seu apoio à pré-candidatura do deputado Evandro Leitão. O líder de Lula na Câmara dos Deputados argumenta assim agir porque o PT, em sua História, jamais trocou o consenso nos lançamentos dos seus candidatos por prévias arriscadas.
Cartas marcadas. Guimarães não disse para quem as prévias são arriscadas. Na verdade, não é só por se tratar de uma solução defendida pela deputada Luizianne. Ocorre que os encontros com colégio eleitoral restrito facilita o controle dos votantes garantindo aos caciques a indicação do candidato.
Janaina cai fora. O ex-deputado Antônio dos Santos, um dos mais queridos ex-presidente do Poder Legislativo decidiu candidatar-se a prefeito de Crateús, terra natal. Sua decisão provocou a renúncia da disputa a petista Janaina Farias, atualmente segunda suplente do senador Camilo Santana.
Posição firme. No que diz respeito à escolha do candidato petista à Prefeitura de Fortaleza, o presidente Evandro Leitão, insiste em que o melhor caminho pera evitar desapontamentos internos em qualquer partido político é o consenso. “Entretanto – assegura ele, se não houver outro caminho não fugirei da prévia”.
Alexandre Cidadão. Ao justificar a decisão de propor a Cidadania Cearense para o Ministro Alexandre de Moraes, do STF e presidente do TSE, o deputado De Assis Diniz, líder do bloco governista esclarece que aquele magistrado num dos momentos de maior perigo vividos pelos brasileiros, agiu com extrema coragem contra os golpistas de 8 de Janeiro.

“Depois que o boi está morto, todo mundo tem coragem de pegar no chifre”. Ex-governador Manuel de Castro Filho.

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