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Fortaleza

Acabemos com os nanicos

Há mais de um ano, logo que foi deflagrada a onda de pré-lançamentos de nomes para presidente da República, nós já advertíamos que, num país com um vergonhoso amontoado de partidos caminhava para enfrentar uma grande zorra quando se aproximasse a hora “H” no sentido de que posições a maioria desses partidos ficariam, já que em sua grande maioria candidatos, principalmente a cargos executivos e legislativos, terminariam perdidos, sem saber que rumo tomar. Pois é o que ocorre no momento.

Pelo que se observa, por exemplo, em termos de eleições em nível federal, a quase totalidade dos mais de 30 pequenos partidos, verdadeiros arremedos de instituições partidárias, só ainda sobrevive pendurada nas tetas e na caneta de um presidente da República sempre aborda do abismo. Ou seja, tais penduricalhos partidários, sem o rico dinheirinho e os preciosos empregos distribuídos por Temer, já teriam todos se evaporado, o que, a bem da verdade, seria motivo para todos os brasileiros de vergonha festejar.

Como a eleição de 2018 deverá ser a última em que anões e nanicos poderão se unir em verdadeiros atilhos de sardinhas secas prevalece a esperança de que, em 2010, já poderemos testemunhar o sumiço desses penduricalhos, que só têm servido para forrar os bolsos e engrossar as contas bancárias de seus “donos”. Só então, poderemos sonhar que no futuro teremos eleições com apenas quatro ou cinco partidos grandes, moralizados e de vergonha. Isso, se os malandros da Câmara não resolverem dar sobrevida aos liliputianos.

SEM JEITO – Mesmo depois que a Operação Lava Jato, com todos os seus competentes Procuradores e a Polícia Federal tem cercado e enjaulado políticos e empresários ladravazes, o exemplo não tem intimidado muitos prefeitos no estado do Ceará. Só na Zona Norte e Ibiapaba são muitos os casos de prefeitos encurralados pelo Ministério Público, acusados de nomear familiares aos montes, mesmo se tratando de um desrespeito à Lei. Por conta disso, promotores de Justiça estão tendo trabalho dobrado nessas regiões.

EXPLICANDO – A respeito desse desenfreamento, dessa falta de respeito para a sociedade, e para os eleitores, mesmo desatentos e relapsos, os promotores têm dado algumas explicações. Segundo eles, a maioria dos prefeitos que se elege já chega ao poder atolados em dívidas com agiotas e com os bancos. Para amenizar tal situação, a saída será nomear todos os parentes possíveis, e nos melhores empregos. Só assim, poderão resgatar pelo menos parte do que perderam, nem que seja para prejudicar toda a sociedade.

QUASE BRIGANDO – Desde o início da atual legislatura da AL, um grupo de deputados votados na região da Ibiapaba, iniciou entendimentos no sentido da criação da Região Metropolitana da Ibiapaba, em que estão reunidos cerca de 16 municípios. O problema é que, para isso, a Zona Norte, ou mais precisamente Sobral, perderia seis a oito desses municípios. Por conta dessa situação, poderosas lideranças de Sobral e vizinhança se desdobram para melar o projeto temendo perder a hegemonia que sempre teve.
UNIÃO – Tem sido cada vez mais produtiva a presença de Roberto Cláudio na Prefeitura de Fortaleza, e do vereador Salmito Filho (PDT) na presidência da Câmara Municipal da capital cearense. Uma das provas disso foi a criação do projeto Prefeitura e Câmara nos Bairros. Com isso, vereadores podem, em reuniões na periferia, consultar publicamente o prefeito sobre a possibilidade de um projeto, e ter dele a resposta, de sim ou de não, na hora. Melhor do que ficar prometendo o que não pode, enganando uma população.

SUMINDO – Na política do Ceará tem acontecido fatos bem curiosos. Um exemplo é da dualidade situação-oposição. Quando Tasso Jereissati assumiu o governo em 1987, tinha no Plenário da AL uma maioria esmagadora. No final, terminou quase contando com a minoria. No governo de Camilo, a oposição, que começou com um terço dos 46 deputados, não consegue atualmente mais do que quatro votos nas votações das matérias. Isso tem nome: governo que tem o que oferecer por apoio, e deputado que adora essa oferta.

COMEÇO DO FIM – O ex-presidente Lula da Silva, quem diria, encontra-se à beira do fim de uma das mais impressionantes carreiras políticas da História do País. Quando os duros juízes do TRF-4 jogarem a pá-de-cal final na condenação da qual não escapará, terá que compreender que essa derrocada, entre outros motivos, deve-se à sua infeliz ideia de colocar em seu lugar Dilma Rousseff, que deveria ter sido cassada não por envolvimento em atos de corrupção, mas sim, pela sua absoluta e total incompetência.

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