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O machismo domina o Brasil antes de sua descoberta

Tribos indígenas foram as primeiras ocupantes das terras brasileiras. Em algumas, o machismo, nos ritos religiosos, denegria as imagens de suas índias. O patriarcado dominava a aldeia. Com a colonização portuguesa, povo. Mais atrasado do continente europeu, o desprezo à mulher fincou raízes em nossa cultura.

Omitiram a verdadeira História da Imperatriz Dona Leopoldina. Aprendemos na escola que ela era uma frágil e passiva mulher, traída pelo marido. Uma personagem insignificante na Corte Brasileira. Mas, não é bem assim. A única verdade nisso tudo era que D. Pedro era um Dom Juan, a traia como um maníaco sexual e ao mesmo tempo, a engravidou oito vezes. Não dava a importância devida ao cargo que ocupava e, enquanto vivia nas camas de suas amantes, Dona Leopoldina comandava o Brasil discretamente.

Nascida na Áustria, falava quatro línguas, altamente culta, foi prometida para casar com o príncipe herdeiro da coroa do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Foi destinada a ser a rainha de Portugal, mas acabou vindo para o Brasil e teve um papel decisivo em sua independência. Estimulou e esteve à frente de todos os movimentos para que isto acontecesse. Influenciou seu marido nas importantes decisões tomadas à frente da colônia portuguesa, Brasil. Participou da criação da primeira Constituição Brasileira. José Bonifácio era seu companheiro das ações e encontros culturais. Ajudou também na tentativa da libertação de escravos.
O papel de Dona Leopoldina no Brasil tem sua História reescrita e devidamente valorizada no museu no Rio de Janeiro, na Praça 15, após séculos de injustiça cometida a essa mulher. Vale a pena conhecer.

Mas, mesmo com esse reconhecimento e estando no século XXI, ainda há muita ignorância por parte de algumas mulheres. Fui surpreendida, quase que tive um ataque, ao ouvir uma pastora, em uma conhecida rádio da cidade, falando em seu programa que a mulher de quer ter os direitos iguais ao do homem, porque foi mordida pela mesma serpente de Eva, no Paraíso. “A conquista de um doutorado, de um mestrado é a dominação do Diabo”. Segunda ela, “está nos mandamentos de Deus na Bíblia, que devemos ser castas, Amélia, prestar sempre obediência ao marido. Passar, lavar, fazer a comidinha dele e sempre dizer amém aos seus mandados. Ter prazer sexual, jamais. Isso é coisa do cão”.
O que me deixa irada é que uma pastora desse gênero está só se aproveitando da ignorância das suas fiéis, porque tenho quase certeza que tudo que prega não prática em casa. Deve ser uma mulher quentíssima na cama de seu marido pastor ou então na cama do vizinho ao lado, o que é ainda é pior, é um absurdo, uma vergonha.

Fico horrorizada como é que o concessionário dessa rádio vende o horário a esse tipo de gente. Isso é a contribuição significativa para continuar alimentando a ignorância de nosso povo cearense.
Morro de pena de Cristo, quando vejo colocarem em sua boca tais blasfêmias. Que Deus perdoe esses desvios comportamentais de certo humanos que habitam este planeta.

José Macêdo é  agraciado com medalha

O grande empresário José Macedo foi o agraciado, na noite de ontem, com a medalha Ivens Dias Branco, que foi instituída, no âmbito do Poder Executivo, em agosto de 2016. Concedida anualmente, com comenda única, a medalha tem por finalidade agraciar “os que tenham tornado merecedores do reconhecimento do Poder Executivo em razões de ações, feitos ou outras iniciativas em prol do desenvolvimento econômico do Estado do Ceará”, como descreve a publicação no Diário Oficial do Estado. A escolha do agraciado se dá por meio de lista de indicados representativa das câmaras setoriais que formam as cadeias produtivas do Estado, enviada ao Executivo pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).

BOBÃO DA CORTE

O deputado Wladimir Costa, do Solidariedade, aquele troglodita que fez uma tatuagem no braço com o nome de Michel Temer, foi o bobo da corte, na inédita votação da denúncia de corrupção passiva contra o Presidente. Foi o mais bizarro pronunciamento entre muitos de outros parlamentares. O palhaço deputado do Pará defendeu a rejeição da denúncia contra Temer, exclamando: “Nós, deputados da base do governo Temer, temos moral para derrubar esses falsos moralistas e incompetentes (…) Tenham vergonha na cara! O Temer é um homem ético, transparente, tem preparo e hombridade. Vocês podem se preparar para chorar hoje no muro das lamentações”, gritou e gesticulou, diante de um Jean Wyllys (PSOL) às gargalhadas. Costa também bateu no ombro ao defender o Presidente. “Quem é Temer mostra a cara e até tatua o nome, aqui, no ombro”, gritou Costa, que garante que, no Pará, o mandatário tem “80% de popularidade”.

PARLAMENTARES CEARENSES

Alguns parlamentares cearenses também não fizeram muito bonito na “ fita”. Gaguejaram, criaram palavras que não existiam na língua portuguesa e esqueceram de seu passado não muito longíquo de gatuno, ao votarem a favor do relatório. A culpa é exclusivamente nossa, que colocamos eles lá, para nos representar.

O SUCESSO DA VOTAÇÃO

Mas, o sucesso naquela noite tão emocionante, segundo a opinião unanime dos homens, foi o charme, a beleza e a sensual voz da parlamentar que anunciava o voto de seus colegas que eram contra o relatório de Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), a deputada Mariana Carvalho. Já o deputado que anunciava a contagem de votos a favor do Temer era triste, parecia uma árvore no outono, ou seja, sem vida. O que anunciava a abstenção era um porquinho, totalmente desprovido de beleza. Quem escolheu os integrantes da mesa fez com muito zelo, assim o diga a turma masculina.

O INCÔMODO DO
PRESIDENTE DA CASA

O deputado Rodrigo Maia, apesar de comparecer ao plenário da Câmara Federal diariamente de paletó, passou toda a votação mexendo no pescoço, incomodado com a gravata. Típico carioca da gema, que dá o maior valor a uma camisa de malha, devia estar rezando para que a tensa sessão terminasse e se livrasse daquela desgraça.

OUTRO INCÔMODO

A parlamentar Shéridan Oliveira (PSDB-RR) foi chamada de “gostosa” por um colega no início da contagem de votos. Oitava deputada a ser chamada pelo presidente Maia, Shéridan não estava no Congresso durante a votação. Maia ignorou a fala do deputado machista e seguiu dizendo o nome da colega mais uma vez, antes de confirmar sua ausência.

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