Na semana passada, referindo-se ao estratosférico “fundão partidário” que é um dos temas polêmicos do momento, o deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da mal-ajambrada reforma política que está sendo montada por políticos oportunistas da Câmara dos Deputados, disparou esse verdadeiro atestado de cinismo, muito próprio da filosofia lulista seguida pelos seus sectários afirmou que o “fundão” sairá muito mais barato do que uma “Operação Lava Jato”. Comparação com tal descaramento é característica de quem perdeu o respeito pelo país.
Quando se presencia comportamentos desse nível, conforma-se a dura realidade de que a classe política, em sua maioria entende como um seu direito tripudiar sobre uma sociedade que já não mais suporta tratada como uma multidão de pascácios. Quando um Vicente Cândido, mesmo sabendo que o país inteiro condena o derrame do dinheiro dele para financiar campanhas de maus políticos, ainda insiste em que R$ 3,6 bilhões – ou R$ 2 bilhões, que seja, é uma quantia “razoável”, vemos que a safadeza política chegou ao limite extremo.
Mas o pior, o que mais irrita toda uma população testemunha do mar de corrupção que afoga a Nação, é ver-se um indivíduo, figura de proa numa reforma política, comparar um assalto aos cofres públicos à ação do Ministério Público e da Polícia Federal, num esforço inaudito para pelo menos diminuir a roubalheira e os achaques à economia do país. Da maneira mais cínica, Cândido acha que a Nação gasta em excesso numa Operação sem a qual já teria soçobrado. Nunca alguém cometeu tão grande insulto a quem combate o crime no Brasil.
UMA GRANDE MULHER – Num país repleto de homens que não justificam assim serem chamados, não deixa de ser consolador saber que temos mulheres do porte de uma ministra Cármen Lúcia, presidente do STF. Sua presença naquela Corte tem sido a garantia de que ela não perderá, sob a sua chefia, a dignidade. Para ela, “a Justiça não pode se limitar a solução de processos e de crimes, mas também dos novos problemas da sociedade em busca da paz”.
PITACO AGITADOR – Guru da maioria dos tucanos, o ex-presidente FH continua sendo ouvido pelo que há de melhor no PSDB. Na elaboração do polêmico programa do partido, ele apenas “catucou”, sugerindo que o governo de Temer fosse classificado como “cooptador”, para levar à histeria a galera do Planalto, mexendo com os “rabos presos” da própria sigla, agarrados como filhotes de canguru a ministérios, secretarias e outras “moedas” por votos pró-Temer.
RADICALISMO – A “guerra” entre a classe dos taxistas e os praticantes do sistema UBER, continua ilógica e insana. Agora mesmo os líderes do SinditáxiI, pare que ignorando que esses profissionais também têm famílias para alimentar e criar exerce grande pressão sobre o prefeito Roberto Cláudio para impeça essas pessoas de trabalhar. É chegada a hora da entrada em ação, e de firmes tomadas de posições pelo Ministério Público Estadual para evitar o pior.
POTENCIAL EÓLICO – No próximo dia 29, por ocasião da Conferência Brazil Powerind farão palestras e exposições o titular da Secretaria de Desenvolvimento Estadual, César Ribeiro, e o representante da FIEC, Joaquim Rolim, a respeito da potencialidade do estado do Ceará no campo da captação da energia eólica. Ali, será dada ênfase à importância desse tipo de energia, num país com eternos problemas com a energia hidrelétrica, por dificuldades climatológicas.
INARREDÁVEL – Os políticos e eleitores de bem do Brasil acompanham de muito perto, e com muito interesse o epílogo dessa vergonhosa perseguição do “lado bandido” do PSDB (como diz o ex-ministro Ciro Gomes) ao senador Tasso, cearense de valor que dirige provisoriamente esse partido. Estamos diante de um confronto entre políticos de ficha duvidosa e um tucano de plumagem luzidia e ficha limpa. Por isso mesmo, Tasso diz que não se afastará da presidência.
OLHA A “ISCA!” – Foi deflagrado o corre-corre de partidos e de políticos em busca de apoios para o Palácio da Abolição-2018. Nessa corrida desenfreada vale tudo, inclusive todos os tipos de armadilhas com o objetivo de atrair apoiadores. Entre outros casos lideranças da oposição, para tentar o apoio do Pros do dr. Leandro Vasques, acenam-lhe com uma candidatura ao Senado Federal, sabendo-se que as duas vagas a serem disputadas praticamente já tem dono.
