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81 anos de luta

Faltavam uns quatro meses para me formar em Jornalismo. Havia tido greve e o semestre só terminaria em janeiro. Todos estavam ansiosos para que aquele dia chegasse, quando assumiu o professor Luís Sérgio. Era a sua primeira cadeira na faculdade e ele veio com gosto de gás. Não estávamos mais naquele clima e como sempre não conseguia ficar calada fui logo conversar com o professor. Não gostou muito, continuou dando suas aulas, mas acabou sendo admirado e querido por toda a turma. Depois de muitos anos, nos reencontramos aqui no jornal, fazendo projetos e, hoje, ele lança a sua “cria” no mercado, o livro da História do jornal O Estado, desde o seu fundador, José Martins Rodrigues, a meu pai, Venelouis Xavier Pereira, a presidência de minha mãe, Wanda Palhano, juntamente com meus irmãos.

O professor fala do livro com muito entusiasmo, dedicou quase quatro anos de sua vida a pesquisar, entrevistar pessoas envolvidas com a História de 81 anos de existência deste guerreiro jornal. O título não poderia ser outro: “Intimorata: A Saga do Jornal O Estado, de José Martins Rodrigues a Venelouis Xavier Pereira”. Intimorata, pessoas destemidas, característica das personalidades de seus fundadores até os tempos atuais.
A obra é uma narração de oito décadas de existência, dividida em duas partes: da sua fundação, de 1936 a1965, e a segunda de 1966 até os dias atuais. Mostrando a superação de desafios, embates contra o poder e História da Política Nacional.

A História do jornal O Estado não pode ser contada separada da vida privada de Venelouis Xavier. O jornal era sua vida. Pai presente, amado e uma figura diferente. O autor, em sua análise, o define como um “irascível, uma esfinge indecifrável para muitos, dócil com os amigos, incapaz de guardar rancor dos inimigos, um sentimento que sempre passava ao largo da sua moral. Imprevisível quando se sentia ultrajado, usurpado ou ludibriado, teve no jornal uma extensão de suas emoções mais primitivas. O jornal foi sua tribuna, sua trincheira e nele estampou as mais improváveis manchetes, tudo em defesa do espirito de corpo, de suas ideias e credos.” Lutou até os seus últimos dias de vida para seguir o que afirmava: “Você jamais será livre sem um imprensa livre”.
Após a sua morte, muitos diziam que o jornal O Estado não sobreviveria. Wanda Palhano assumiu. Com uma personalidade totalmente diferente de seu ex-marido, o transformou, multiplicou seus leitores e o modernizou, deu um upgrade.
O livro será lançado hoje, às 19 horas, no auditório da Livraria Cultura. O público pode participar de uma mesa-redonda sobre a obra com o autor Luís Sérgio, com o professor e filho do fundador do jornal Roberto Martins Rodrigues e com o professor Auto Filho.

Projeto para extinguir  a Justiça do Trabalho

Em reação à articulação de entidades de juízes do Trabalho para boicotar a reforma trabalhista que entra em vigor, a Câmara Federal poderá votar um projeto de extinção da Justiça do Trabalho. A reação à desobediência de juízes recebeu o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em reunião com deputados que atuaram na Comissão da Reforma Trabalhista. O projeto prevê, com a extinção, que magistrados do Trabalho de todos os níveis, inclusive ministros, serão realocados na Justiça Federal. A Justiça do Trabalho, mesmo sendo protecionista e custando R$ 22 bilhões em 2017, não deve ser extinta. A Justiça Federal não tem condições de acumular com os seus serviços, o julgamento de milhares de processos trabalhistas. Aí é que a morosidade vai imperar. O que tem de haver é diminuir os cargos comissionados desnecessários com altos salários, mudar a legislação para extinguir a quantidade de recursos processuais, tornando a Justiça mais ágil, eficiente e menos onerosa.

Dnocs 108 anos

Apesar de várias tentativas de extinguir o DNOCS, para transferir suas funções para a CODEVASP, mais antiga instituição federal com atuação no Nordeste, completa, amanhã, 108 anos. O primeiro órgão a estudar a problemática do Semiárido. Durante seus 108 anos de existência, o DNOCS construiu 327 barragens, distribuídas por todo o território do Semiárido brasileiro, com capacidade de acumulação superior a 27 bilhões de m³ de água. Tem sob sua responsabilidade 37 perímetros de irrigação implantados e em operação. São 13 estações de piscicultura e um centro de pesquisas em Aquicultura, além de atuar em diversas outras áreas, como na perfuração de poços artesianos, construção de adutoras e combate à desertificação. Mesmo esvaziado, com seus 1.504 servidores, é importante destacar que o DNOCS continua desenvolvendo ações que busquem garantir o desenvolvimento sustentável, a conservação ambiental e a permanência com qualidade de vida das população.

Pente-fino do Governo economiza R$ 10 bilhões

O Governo evitou, nos últimos 12 meses, prejuízos de mais de R$ 10 bilhões aos cofres públicos. Um pente-fino contínuo, em todos os órgãos da administração pública. Segundo o Governo, essas operações fazem com que apenas quem tem direito receba os benefícios. O último dado atualizado do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União revela que foram economizados recursos com auxílios-doença e aposentadorias por invalidez do INSS (R$ 4,5 bilhões); Benefícios de Prestação Continuada (BPC) (R$ 2,2 bilhões); seguro-defesa do pescador artesanal (R$ 1,6 bilhão); e Bolsa Família (R$ 1,02 bilhão). Por algumas anos, servidores receberam benefícios indevidos porque não havia fiscalização adequada, mas o Governo, com o seu pente-fino cometeu algumas injustiças: pessoas que estavam realmente aposentadas por invalidez tiveram suas aposentadorias canceladas, sem exame de perícia médica qualificada, e estão recorrendo à Justiça.

Artistas se mudam do Brasil para enfrenta a crise

Os artistas brasileiros estão saindo do País para enfrentar a crise. Não está dando para viver no Brasil quem tem família e vive da arte. O ator Pedro Cardoso, que ficou famoso com o personagem de Agustinho Carrara, da Grande Família durante entrevista falou que vive, hoje, em Lisboa, com a esposa e quadro filhos, com apenas três mil euros. Escola e saúde por conta do governo de ótima qualidade. Segurança nem se fala. Aqui, para manter quatro filhos em uma escola particular, no mínimo, se gasta R$ 6 mil de mensalidades e com plano de saúde enfermaria mais R$ 2 mil sem contar com o dos pais. Fora aluguel, condomínio, alimentação e outros gastos. Em Lisboa, a alimentação e moradia é bem mais barata que no Brasil. Existe metrô e trem para todos os bairros e cidades circunvizinhas.

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