Conforme foi noticiado no dia 19, quarta-feira, pela imprensa local, a direção do Hospital Geral de Fortaleza, em circular interna, autorizou a suspensão de todas as cirurgias eletivas programadas. Em situação de desespero para dirigentes, médicos e enfermeiros de uma das mais importantes unidades hospitalares do estado, a lastimável medida, só serviu para aumentar a angústia de centenas de pessoas, para quem essas operações eram de grande urgência.
A crua realidade exposta nas justificativas por essa medida extrema causa indignação não só das pessoas doentes prejudicadas, como para toda a sociedade. Segundo a ordem para essa suspensão de procedimentos cirúrgicos, o HGF, que já funciona com 150 leitos extras, padece também da falta de médicos, enfermeiros e outros funcionários, e o que é pior, há também desabastecimento dos materiais, dos mais complexos, até os mais simples de uso comum.
Na tribuna da AL, o deputado Heitor Férrer (PSB) criticou os responsáveis por essa situação, com destaque para o Governo do Estado e, por extensão o Governo da União, que, num acinte, anunciou a liberação para o setor da Saúde do Ceará, uma fabulosa “fortuna” de R$ 18 milhões. Atingem nível de revolta essas críticas, diante de esbanjamentos do governo passado, que “torrou” R$ 19 milhões, com os tais “tatuzões”, condenados à destruição pela ferrugem.

Provocações – Lideranças petistas de Fortaleza, que andavam meio afastadas da batalha pela prefeitura, começaram a se agitar, depois que o comando da campanha do candidato Capitão Wagner, do PR, decidiu partir para cima do partido da estrela vermelha. Depois dessa investida contra o PT, eles dizem que não há mais indecisos nem neutros, incluindo Luizianne… Parece que essa tática de mexer com os brios dessa turma não é das melhores.

Estratégia equivocada – A propósito dessa reação dos petistas contra o PR, o jornalista Jânio de Freitas, da Folha de São Paulo, cita vários exemplos de candidaturas que navegavam em mar de almirante, disparados à frente dos demais, e que naufragaram em conseqüência da violência dos ataques bolados pelos seus “marketeiros”. A explicação mais lógica é a de que os ataques além de irritar não conseguem fazer eleitor mudar de posição em relação ao seu voto.

Cadê a novidade? – Nada contra as bandas de forró, que de algum modo levaram além – fronteiras o nome da terra alencarina. Mas, a “Operação For All” acabou mostrando o lado vergonhoso dessa atividade, em que a sonegação e outros crimes terminam prejudicando toda uma sociedade, de quem suga recursos. Pelo que a operação revela, a “criatividade” da contabilidade desse pessoal, supera, a criatividade dos compositores e artistas dessas bandas…

Mau exemplo – Na história das administrações municipais, virou moda prefeitos derrotados promoverem desmontes das prefeituras que deixaram, deixando “heranças malditas” para os seus sucessores. Mas, em alguns casos, esse desmonte é feito de forma diferente, que o diga o deputado Carlomano Marques, do PMDB, que acaba de ser eleito prefeito de Pacatuba. A “herança” que lhe coube foi nada menos do que 21 obras mal iniciadas, e sem um centavo para concluí-las.

Vagas cobiçadas – No Brasil, onde milhões de desempregados correm atrás de trabalho, alguns têm planos bem mais audaciosos. Um desses planos é aprender diretamente com o Juiz Moro, a trabalhar com as leis. Para isso, 268 estudantes de Direito disputam a única vaga ofertada para estagiário no Ministério Público de Curitiba. O felizardo escolhido, passará a ajudar pessoalmente o coordenador da Lava Jato em seus trabalhos contra a corrupção no Brasil.

Serra a baixo – Para quem conheceu o auge do prestígio, sendo até apontado pelo presidente Obama dos Estados Unidos como “o cara”, entre os presidentes da safra de 2002-2004, o ex-presidente Lula caminha célere para o sopé da ladeira. Semana passada, quando houve boato de que ele poderia ser preso, lulistas fanáticos mobilizaram 2.500 pessoas para formar uma barreira defendendo a casa de Lula. Mas apenas 80 deles apareceram para a “heróica” tarefa…