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Fortaleza

De Jesus a João “Quelé”

Há mais de 2.000 anos, segundo registra o evangelista São Mateus, 13: 24-30, no Novo Testamento Jesus, respondendo aos apóstolos sobre o que se deve fazer com os homens maus e perversos que crescem misturados aos bons, propôs a parábola segundo a qual não se devem arrancar as ervas daninhas que crescem junto com o bom trigo, mas deixá-los crescerem juntos, para depois atar o joio em feixes e levá-lo à fogueira. Parece ser um bom exemplo a ser seguido no Brasil, em relação aos “joios políticos que aí estão.
Dois mil anos depois, numa pacata cidade da Ibiapaba, predominavam momentos de pânico e de insegurança, diante da ação de ladrões. A cada dia, cresciam os roubos, sem que ninguém desmascarasse os autores. O subdelegado da cidade, João Clemente, conhecido como Quelé, tomou medida extrema, mas eficiente: mandou prender TODOS os larápios do lugar. Feita a triagem com a ajuda de um deles, que funcionou como “delator premiado”, esclarecidos todos os afanos, a cidade viveu em paz por muito tempo.
Ante esses dois exemplos, as autoridades poderiam escolher qual o mais eficiente para conter a rapinagem no Brasil, onde crimes contra a economia popular e contra o Tesouro são revelados aos montes, a cada dia. Qualquer que fosse a opção, seria mais eficiente do que aqueles hoje utilizados, mesmo com a competência do Ministério Público, da PF e da Lava Jato. Infelizmente, o Juiz Sérgio Moro e o seu “timaço” de prendedores de corruptos não teriam espaços onde caber essa malta, que são muitos milhares.

Boa idéia – Na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Evaldo Lima, ao elogiar a idéia do prefeito Roberto Cláudio, de liberar o primeiro lote de carros elétricos compartilhados, desmente declarações de líderes da classe dos classistas, segundo os quais a medida seria prejudicial para eles. O objetivo dessa medida, diz Evaldo, é diminuir o uso de carros próprios por servidores e por executivos para se deslocarem aos seus locais de trabalho, contribuindo, assim, para melhorar a complicada mobilidade urbana.

E a qualidade? – Na AL, a Comissão de Trabalho e Serviço Público, debateu ontem assunto bastante polêmico. Trata-se da validade de diplomas de pós-graduação obtidos por brasileiros em países do Mercosul, tipo Bolívia e outros. O problema é que, assim agindo, grande parte dos pós-graduados, procurou esses países em consequência da maneira “frouxa, como funciona ali o ensino superior, para prejuízo da qualidade. Não admira as dificuldades encontradas para a profissionalização dos formandos no Brasil.

E o outro lado? – Manifestando-se a respeito da polêmica gerada nacionalmente pelo ingresso do UBER – táxis compartilhados, o deputado Cabo Sabino, do PR, afirma que os responsáveis pela implantação desse sistema têm permitido que, nesse processo de implantação, tenham agido de forma “predadora”. Embora com alguma razão, o parlamentar parece esquecer-se da violência selvagem como grande parte dos taxistas, em vários estados, tem agredido e até levado à morte pessoas que lutam pela sobrevivência.

Entra se quiser – O assunto tem sido um dos mais cansativamente repetitivos, ou seja, o indesejado retorno da CPMF. Tal trambolho, criado com boas intenções pelo Dr. Jatene, só serviu para ser desviado para rumos que nada tinham com a saúde. Agora, há o risco de ela ser “ressuscitada”, para amenizar o rombo deixado por Dilma na economia. Mas até amigos do presidente Temer advertem: será um grande risco para o governo dele.

Monitorados – Pela febril atividade do TCM, TCE e Ministério Público Eleitoral, este ano será, com certeza, o “ano das vacas magras” para políticos profissionais acostumados a se eleger às custas da compra de votos. O mesmo vai ocorrer em relação a eleitores “vendáveis” ou “compráveis”. Eles serão monitorados e, a qualquer sinal de derrame de dinheiro nas campanhas pelas Prefeituras e Câmaras, serão todos “encalacrados”.

“Mamatas” – A descoberta de escândalos multimilionários com recursos da Lei Rouanet, Sá agora trazidos a público, eram denunciados “há séculos” por parlamentares de oposição aos governos de Lula e de Dilma. Mas, tudo o que era denunciado, era, de pronto, pelos ministros dos dois presidentes petistas. A “mamata” corria solta, o que explica a choradeira de parte dos artistas, intelectuais e empresários artísticos “mamadores”.

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