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Fortaleza

Corrupção inevitável

Nos últimos dias, a mídia política tem dado destaque às medidas que mostram o esforço da Justiça Eleitoral para impedir, se possível, a repetição dos vergonhosos escambos eleitoreiros, que ocorrem desde que há eleições no Brasil. Isso inclui os pleitos realizados desde o período imperial. Nessa batalha contra a corrupção, ativa e passiva, que envolve candidatos e eleitores, o TSE, mais uma vez, desdobra em campanha publicitária, na tentativa de alertar o eleitor para os males do voto vendido.
Tudo bem que o órgão máximo da Justiça Eleitoral se desdobre em conselhos, recomendações e, quando necessário, até com ameaças aos que mercadejam com o voto. O mesmo ocorre em relação aos TREs, como ocorre no Ceará, onde o desembargador Abelardo Benevides, presidente da corte eleitoral do Estado, tem colocado em ação toda a equipe que compõe aquele colegiado. Nas igrejas católicas, sacerdotes comparam os vendedores de votos aos vendilhões do templo, que levaram à fúria até Jesus Cristo.
Apesar de todo esse empenho dos que comandam as eleições no país, a esperança, expressa por algumas autoridades, de que o comércio do voto venha a sofrer alguma redução, é visto com descrença por quem conhece essa situação a cada quatro anos nas eleições municipais. Vender e comprar votos são atividades facilmente disfarçáveis, se feitas “por debaixo do pano”. Acresça-se outro complicador; com o país inteiro em crise e o desemprego grassando de Norte a Sul, vender voto passa a ser até meio de sobrevivência.

EXAGEROS – A realização dos Jogos Olímpicos no Rio, além de medalhas, vitórias, derrotas, muita animação, incluindo assaltos, tem alimentado também a vocação de alguns profissionais da imprensa esportiva para os exageros. Um exemplo: quando da conquista da medalha de ouro no judô, pela ex-favelada Rafaela Silva, o narrador Galvão Bueno foi criticado pelos colegas, ao considerá-la “uma heroína nacional”. Até aí, tudo bem, mas Galvão se superou ao classificar o fundista Bolt como “o maior gênio do mundo”…

CULPA DELES – O bravo e simpático povo venezuelano é, hoje, vítima de uma das mais graves crises econômicas na História da América Latina, atolado em inflação galopante e até sem víveres com que se alimentar devido à malfadada passagem do cavalo chucro Hugo Chávez pela presidência daquele país. Mas, a dupla Lula-Dilma tem parte de culpa por essa situação. Em vez de oferecer a ajuda àquela gente, eles preferiram “engordar” Chávez e depois o seu sucessor, Maduro, virando parceiro desses dois salafrários.

PROFANADOR – A chamada democracia eleitoral termina virando libertinagem eleitoral. É o caso da candidatura do tal “ator” e “jornalista” Ari Areia (olha o nome!…), anunciado como candidato à CMFor. Até onde se sabe, a única “obra” mostrada por esse cidadão foi a profanação da imagem de Jesus Cristo Crucificado, num espetáculo mambembe que não teria sido exibido, se houvesse um mínimo de respeito pelos cristão de Fortaleza e do Ceará. A CMFor, com certeza, não merece esse tipo de vereador.
A INOCENTE –  Há alguns detalhes bastante polêmicos em relação ao processo de “impeachment” da presidente Dilma. Um deles: até mesmo petistas mais equilibrados, sabem que ela não é inocente nesse seu governo incompetente. Outro detalhe: esses mesmos petistas tentaram que ela retirasse a expressão “golpe” em sua carta dirigida aos senadores. De nada adiantou. Ela os acusou de golpistas e terá de arcar com as conseqüências. Se comparecer à votação final, vai sofrer uma grande “saia justa”.

RETROCEDENDO – O político de Fortaleza João Alfredo, do Psol, que desceu de deputado federal para vereador, não é o único a viver essa situação. Agora mesmo, vem à tona o caso do médico Lula Morais, que, depois de vereador na mesma CMFor. Chegou à AL, e, agora, para recuperar o espaço perdido, disputa uma cadeira na Câmara Municipal de Aracati, sua terra natal. Há quem diga que não, mas, outros dizem que esse retrocesso tem nome, ou seja, o PCdoB, partido dele, que com quase 80 anos, não passa de “nanico”.

INDAGAÇÃO – Na AL, CMFor, cerimônias em igrejas católicas, escolas, clubes sociais e esportivos, federações a até em terreiros de Candomblé, prossegue uma indagação ainda sem respostas definitivas, ou seja: para que servirão, a partir de agora, os tribunais de Contas, “podados” em suas atribuições por um ato desastroso e infeliz do STF, que ameaça até a sua credibilidade e respeitabilidade. Não há como se admitir que esses colegiados passem a ser apenas orientadores e não mais julgadores de prefeitos improbos.

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