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“Remédios” que matam

Em meio ao caótico clima político, ético e econômico em que se acha atolado o governo da presidente Dilma, a cada vez que alguma nova medida governamental é anunciada visando, segundo os autores, aliviar a situação de governadores e prefeitos, e fazer, é claro, o Governo respirar, revela-se a falta de saídas eficientes à desorientada equipe econômica. O mais recente “pacote” oferecido pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, direcionado a agradar governadores e prefeitos, sinaliza para renegociação de dívidas, que resultará em redução da arrecadação em R$ 45,5 bilhões. Até aí, tudo bem, mas não há um único sinal sobre de onde virão os recursos para compensar essa “bondade”. Tem mais, em relação a tais manobras: essas vão exigir, entre outras penalizações: “congelamento” dos salários do funcionalismo, proibição de novas nomeações e veto a benefícios ou incentivos fiscais por estados e municípios, aumento das contribuições previdenciárias estaduais e obrigatoriedade de previdências complementares. Mas, o “tiro de misericórdia” realmente, é dado contra os de sempre, ou seja, os menos favorecidos. Fica proibido aumentar o salário mínimo até o final de 2018. Diante dessa temerária proposta, não haverá reajustes no salário mínimo por dois anos, o que atingirá mais de 30% dos trabalhadores do País. Outros milhões de vítimas desse castigo, serão os pensionistas e aposentados. Para Barbosa, tais medidas trarão “trarão alívio temporário para os estados que, com grandes reformas estruturais, serão beneficiados em longo prazo”. A pergunta é: como sobreviverão assalariados, aposentados e pensionistas se esse “remédio que mata” for aprovado pelo Congresso?

Talento Para analistas, parlamentares e lideranças, a tranqüilidade na AL, no pós-“janela” para mudanças de sigla, que resultou numa situação das mais cômodas para o governador Camilo, é fruto do talento de articulador do presidente Zezinho (aniversariante de ontem).

A propósito…
do tema “janela”, a troca de sigla por 22 deputados (47%), quando eram esperados mudanças de 25%, mostra que muitos deles foram eleitos na base da “provisoriedade partidária”.

Perdas & ganhos
Num processo dessa natureza, enquanto partidos como o PDT e PPS saíram no lucro, nada menos que cinco partidos – Pros, PV, PSL, PTN e PPS, sumiram do mapa da AL.
Apoiando… Apesar de oposicionista, o deputado Genecias Noronha (Solidariedade), confirma apoio ao uso do FGTS para a aquisição de moradias do programa “Minha Casa, Minha Vida”.
…e explicando
Para Genecias, os cidadãos pobres além de escaparem de sorteios, serão beneficiados com uma medida cuja vantagem será impedir o PT de dar casas a quem quiser, em troca de votos.
Chega! Ontem, na CMFor, foi realizado o enésimo debate público a respeito de um tema que começa a saturar a paciência da imprensa e do povo: o tal “novo projeto” para a Praça Portugal.
“Afundando… o caminho” de Brasília, o governador Camilo Santana participou, ontem, de mais uma reunião de governadores, na verdade, um “festival” de lamúrias de todos, sem exceções.
Diante da…
carência de verbas liberadas, o Governador, os secretários Mauro Filho (Fazenda), André Facó (Seinfra) e Hugo Figueiredo (Planejamento) “peregrinaram” por cinco ministérios.
Escolas públicas… estão ameaçadas até de fechar, devido às drogas entre os alunos. Mas, quando se falou em exames toxicológicos nas escolas, o bloco dos Direitos Humanos quase pôs o mundo abaixo.
Mais pobre…
ficou a cultura cearense, que acaba de perder o memorialista, colecionador e pesquisador e do cinema e da música, Cristiano Câmara, cujo acervo obras é de valor inestimável.
Cercada…
juristas, juízes, promotores e advogados petistas, como “consoladores” e “carpidores” pela sua situação, a presidente Dilma, disse: “Há um golpe em curso, mas não renunciarei”.

“Com o PT, o roubo sistêmico se soma a um enorme cinismo. Lula fazia o discurso da ética; no poder, levou ao limite da sustentabilidade o assalto às empresas”.
José Padilha, cineasta, diretor de “Tropa de Elite” I e II.

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