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Dilma cogitou Estado de Defesa contra protestos

Estão usando a Presidência como
se fosse a sede do partido
Pauderney Avelino (AM), líder do DEM, após
encontro de Dilma com apoiadores

O pânico do Palácio do Planalto com as investigações da Lava Jato e após a maior manifestação popular da História, dia 13, exigindo o impeachment, colocou sobre a mesa da presidente Dilma uma ideia de jerico: a decretação do “Estado de Defesa”, medida extrema que prevê a suspensão de direitos fundamentais, como sigilo de correspondência e de telefone, e direito de reunião (e de fazer manifestações, claro).

Militares avisados
Comandantes militares foram avisados, para providências, sobre a possível decretação do “Estado de Defesa”, para “garantir a ordem”.

Lei da mordaça
Estado de Defesa não pode ser amplo; a ideia é decretá-lo em locais como São Paulo, onde os protestos (pacíficos) são mais expressivos.

O Estado sou eu
O pretexto para decretação do “Estado de Defesa” seria a “grave e iminente instabilidade institucional”. É como Dilma Rousseff chama os protestos.

Basta um decreto
Para instituir o Estado de Defesa, segundo a Constituição, basta um decreto da presidente Dilma Rousseff. Estado de Sítio, só com aprovação do Congresso.

“Punição” risível
O secretário-geral do Itamaraty, Sérgio Danese, um dos diplomatas mais admirados pelos colegas, apenas “admoestou” o militante Rondó.

Aparelhamento
Rondó chefia desde 2004 uma “coordenação de combate à fome”, sem qualquer relevo, para difundir programas eleitoralmente caros ao PT.

MRE endossa insultos
Um dos textos transmitidos por Rondó acusa os milhões que pediram o impeachment de Dilma dia 13, de “fascistas, nazistas, racistas” etc.

Perdeu, companheiro
Lula ataca a Justiça, acusando-a de “golpe”, sem lembrar que ele e a sucessora nomearam grande parte dos juízes e procuradores que hoje o investigam. E a vasta maioria dos ministros de tribunais superiores.

Contagem regressiva
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) acredita que Dilma Rousseff perderá o mandato até maio. “Há dez dias, a situação não estava definida. Agora está. Passando na Câmara, o Senado não segura”, disse.

Escândalo mundial
A Odebrecht virou trending topic mundial no Twitter: chegou a ser o terceiro assunto mais comentado do mundo, na rede social. Ganhou, de longe, das manifestações contra e favor da dupla Lula e Dilma.

Cama de prego
O ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) perde noites de sono com a possibilidade de desembarque do PMDB do Governo. Alves não tem mandato e, se cair o ministério, perde também o foro privilegiado.

Novas boquinhas
A Câmara discute uma proposta para criar duas novas comissões permanentes e novos cargos comissionados. Isso tudo para acomodar novos partidos, que estão reclamando da “falta de estrutura”.

Espelho meu
O Globo só soube ontem o que os leitores desta Coluna sabiam desde sábado: um diplomata militante do PT enviou três circulares telegráficas oficiais do Itamaraty a todos os postos brasileiros no mundo, onde alerta para “golpe” e chama manifestantes anti-Dilma Rousseff de “nazistas”.

Sem vazamento
O Planalto não revela quem está tocando a investigação sobre os grampos, autorizados pela Justiça, que pegaram a presidente Dilma em papo suspeito com o ex-presidente Lula. Quer “evitar pressão”.

Arrependimento quase mata
Eugênio Aragão (Justiça) levou pito de Dilma por ter deixado escapar que “trocaria a equipe” da Lava Jato só com “cheiro” de vazamentos, sem investigação. Teve de voltar atrás. Agora diz que não é bem assim

Pensando bem…
…a planilha da Odebrecht, repleta de apelidos de políticos, mostrou que no meio de toda a corrupção existe também muito bom humor.

Cola tudo

Na campanha de 1986, o empresário Camilo Cola disputava vaga no Senado pelo PMDB do Espírito Santo. Os adversários logo batizaram sua chapa de “Macaca”, que seriam as iniciais de Max Mauro, (Gerson) Camata e o milionário dono da viação Itapemirim. Mas o que tirou Camilo Cola do sério, levando-o à Justiça Eleitoral, foi a distribuição de um certo cartaz. Dizia: “se a sua filha perdeu a virgindade, não se preocupe: Camilo cola”.
A brincadeira pegou, e ele, o empresário, acabou perdendo a eleição.

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