26.1 C
Fortaleza

De 300 prefeitos, só oito apareceram no Planalto

Nós fomos vítimas de um golpe
Janaina Paschoal, jurista, ao explicar
os crimes de responsabilidade de Dilma

A presidente Dilma Rousseff enfrenta dificuldade até para reunir representantes da parcela de 10% da população que, segundo o Ibope, ainda a apoia. Em mais um comício no Palácio do Planalto, ontem, a pretexto de lançar a terceira fase do “Minha Casa, Minha Vida”, apareceram apenas oito dos cerca de 300 prefeitos convidados, para espanto do cerimonial, que teve de se virar para juntar gente e fazer volume.

Maioria era do PMDB
A maioria dos 300 prefeitos ausentes eram do PMDB. Neutralizaram a jogada malandra para atribuir a ruptura com Dilma à cúpula do partido.

Claque acionada
Para preencher as cadeiras vazias, no “comício” do Planalto, foram chamados às pressas sindicalistas da CUT e militantes do PT.

Lorota em coro
De novo acionada para fazer número, a claque petista é que entoa em coro a lorota “não vai ter golpe”, já desmentida por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Repulsa
acachapante
Pesquisa do Ibope/CNI, divulgada ontem, indicou que 82% da população reprovam a maneira de Dilma governar.

Conchavo de presidentes
Logo cedo, ontem, Valdemar Costa Neto recebeu a visita do presidente do PP, Ciro Nogueira. Eles negociaram uma aliança no impeachment.

PP e PR se cacifam
Somadas, as bancadas do PR e PP somam 89 votos na Câmara, por isso o apoio do bloco será determinante, para Dilma Rousseff ou Michel Temer.

Um pé em cada canoa
No Congresso, políticos experientes acham que PP e PR vão apoiar Dilma, mas dirão a Michel Temer que isso é só por enquanto.

Sem intermediários
Partidos aliados do Governo queixam-se da falta de interlocução direta com o vice-presidente Michel Temer, sem intermediários. A dificuldade ajuda Dilma na tentativa de escapar do impeachment.

Atropelado pelos fatos
Na noite de terça (29), mal o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmava convicto que não aceitaria conversar sobre cargos com o Governo, recebeu de Dilma a oferta de indicar o ministro da Saúde.

Difícil avançar
O senador Antonio Reguffe (DF), sem partido, apresentou proposta de emenda aplicando a projetos de lei de iniciativa popular o mesmo rito de tramitação de medidas provisórias. A proposta está parada na CCJ.

Arrogância tucana
Há ainda quem duvide que o senador tucano Aloysio Nunes (SP) mande uma assessora ameaçar quem divulga notícia que a desagrade: “Você não vai ter onde trabalhar!”. E ainda nem chegaram ao poder…

Medo do futuro
Cientistas políticos às vezes temem o pós-Dilma. “A busca por um salvador da Pátria pode nos levar a Marina Silva. Quando penso na Marina, sinto saudade da Dilma Rousseff”, ironiza o professor Paulo Kramer.

Bombando
O filme “Olhar de Nise”, de Jorge Oliveira e Pedro Zoca, foi escolhido para festivais de cinema na Inglaterra, Portugal e Estados Unidos (Colorado). No final do ano passado, o documentário encerrou o festival Hollywood Brazilian Film Festival, em Los Angeles.

Não sabe o que diz
Roberto Requião atacou o petista Jorge Samek, presidente de Itaipu, pelo apoio ao evento “golpista” do ministro Gilmar Mendes. Na verdade, trata-se do IV Seminário Luso-Brasileiro de Direito, mais uma vez promovido pelo IDP, prestigiada faculdade de Direito de Brasília.

PTB já se movimenta
O PTB deve se reunir assim que Jovair Arantes (GO) apresentar relatório na Comissão do Impeachment. O partido vai discutir se vale a pena continuar na base aliada. A tendência atual é pela ruptura.

Pensando bem…
…deputados e senadores terão de optar entre o cheque à vista de Dilma, provavelmente sem fundos, e o pré-datado de Michel Temer.

o poder sem pudor

O ex-deputado Paulo Heslander (PTB-MG) enfrentava certa vez uma enorme fila de embarque no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte , quando um passageiro bem vestido, atrás dele, foi solicitado a fazer o “check-in” antes de todos. Uma passageira reagiu indignada:
– Veja só que safado. Vai ver, é deputado.
Heslander se voltou para a mulher e rebateu:
– Desculpe, minha senhora. Safado ele pode ser, mas deputado não é. Deputado sou eu e estou na fila, como todo mundo.

Mais Lidas

Entenda 2º projeto aprovado da reforma tributária

A proposta aprovada pelos deputados trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios, que será...

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Delfim Netto e o ‘Milagre Econômico’

Antônio Delfim Netto, economista catedrático e político brasileiro faleceu nesta segunda-feira (12) aos 96 anos. Foi ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento,...
spot_img