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A incerteza do futuro

Tudo tá parado. É um desânimo total. A situação do comércio a cada dia piora mais: lojas estão fechando, restaurantes e bares agonizam para se manterem abertos. A construção civil, que era o segmento que mais empregava nos últimos anos, tem feito demissões em massa e inúmeros imóveis comerciais e residenciais por todo o País estão desocupados, com placas para alugar ou vender. A indústria peleja para manter suas máquinas funcionando. Demitidos cancelam planos de saúde e odontológicos e vão para o caos dos atendimentos dos hospitais públicos. Negociam valores de aluguéis com os proprietários dos imóveis e, quando não obtêm sucesso, trocam de residência para uma menor ou então retornam à casa de seus pais aposentados.

Aqueles que um dia tiveram a ilusão que a melhora no padrão de vida ia durar muito tempo estão desesperados, porque assumiram compromissos financeiros que, hoje, não podem quitá-los. Com a prosperidade da economia nos anos anteriores à crise, muitos realizaram o sonho de casar, de ter filhos e da casa própria. E agora, o que, fazer quando estão desempregados, e as contas se avolumam nas prateleiras de suas residências.

Jovens que moravam com seus familiares e juntaram um pouco de dinheiro quando estavam empregados debandam para morar nos Estados Unidos, no Canadá, à procura de subempregos como faxineiros, garçons, babás, entregadores de pizzas, de jornais e atendentes de lanchonetes.
Com o governo perdido, a economia indo ladeira abaixo, não há esperança na maioria dos corações brasileiros. O que há é uma verdadeira incerteza do que vem pela frente. A possibilidade do impeachment não nos dá segurança que tudo vai se ajeitar. Estamos vivendo aquele ditado: “se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come”.

A advogada
Janaína Paschoal
Em audiência tumultuada na Comissão da Câmara que analisa o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, a advogada Janaína Paschoal arrasou com suas fundamentações em defesa da saída da presidente. “Tenho visto vários cartazes dizendo que o impeachment sem crime é golpe, e essa frase é verdadeira. Mas estamos diante de um quadro em que sobram crimes de responsabilidade.” A advogada descreveu com muita competência como foram realizadas as pedaladas fiscais, a liberação de créditos extraordinários sem o aval do Congresso Nacional, uma ilegalidade. Afirmou que, por muitos menos agressão à Lei da Responsabilidade Fiscal, prefeitos de várias cidades brasileiras foram cassados de seus cargos.

É falta de sensibilidade
Um deficiente físico foi barrado na entrada de uma agência bancária da Caixa Econômica em São Paulo, após ter avisado a segurança e a gerência que usava uma prótese metálica na perna esquerda. Com raiva da insensibilidade dos servidores da Caixa, tirou a calça, retirou a prótese metálica da perna esquerda e ficou de joelhos na entrada do banco “Não gosto de escândalos, mas, dessa vez, foi constrangimento demais”, disse Gilberto Forti, de 57 anos. “Nunca tinha passado por uma humilhação dessas. Trabalhei minha vida inteira e merecia mais dignidade.” Afirmou que não é cliente da agência, mas já havia ido ao local por quatro vezes e sempre conseguiu entrar depois de explicar sobre a prótese. Dessa vez, no entanto, a entrada não foi autorizada pelo segurança e por uma gerente da agência. “Minha esposa levantou minha calça, mostrou a prótese, explicou que eu sou amputado. Mas eles disseram que não me conheciam e não iriam abrir.”

Queda na construção civil
Com o aumento da crise na construção civil cearense, o setor continua demitindo. O índice de evolução do nível de atividade marcou 40,7 pontos no mês de fevereiro, valor abaixo do limiar de 50 pontos, demonstrando diminuição em relação ao mês anterior. O desempenho encontra-se em patamar bem inferior ao normal do setor, já que o indicador de nível de atividade efetivo em relação ao usual alcançou 29,1 pontos, demonstrando, assim, que a operação do segmento está abaixo do comum.

OAB dividida
O novo pedido de impeachment feito pela OAB Nacional acirra as divisões na entidade no Ceará. A situação teria ficado ainda mais tensa com o pedido enviado pela OAB à Câmara dos Deputados. Advogados que são contrários a essa iniciativa alegam que as deliberações, desde o início, tiveram a participação apenas dos conselheiros e que decisões como essa requerem uma consulta a todos da classe. Para o presidente da OAB no Ceará, Marcelo Mota, essa possibilidade seria inviável pela quantidade de advogados associados. “Existiu um processo eleitoral democrático em que representantes foram eleitos, e eles têm a legitimidade de representar o pensamento da advocacia”.
Renan Calheiros
Parece piada o comportamento do senador Renan Calheiros. Pertence ao PMDB e fica eternamente em cima do muro, esperando as coisas acontecerem para decidir para que lado vai. Uma hora, participa de reunião com Lula e, depois, vai à casa de Michel Temer para últimas deliberações. Presidente do Senado responde a nove sérias acusações.

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