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Fortaleza

E nós, aonde chegaremos?

A sociedade cearense como um todo, está mesmo na obrigação de acompanhar, “de cima”, os lamentáveis fatos decorrentes de um dos mais deprimentes momentos da nossa história, em termos políticos, administrativos e morais. Não é à-toa que o nosso Estado, com sobejas razões, tem sido sempre reconhecido como um dos mais politizados, principalmente, a nossa Capital, Fortaleza, com seu elevado nível de politização. Assim, cumprimos uma das mais nobres missões de um cidadão: praticar política de bom nível.
Ocorre que, enquanto contribuímos para a resolução de problemas em nível nacional, passamos, às vezes, ao largo dos nossos problemas multi-centenários, até por que quiseram os caprichos da nossa existência como Estado, que terminássemos localizados na mais agreste das regiões do País – o Nordeste. Ou seja, enquanto outros estados climaticamente privilegiados acham-se em meio à fartura de água, no nosso Ceará, muitos dos que se aventuraram a plantar sofrem as consequências de um inverno intermitente.
Agora, enquanto governantes e partidos tateiam busca de soluções para a crise do País, continuamos vendo um governador “afundando o caminho” e peregrinando pelos ministérios e Casa Civil, mão estendida, em busca de recursos já aprovados, para fazer funcionar os nossos hospitais públicos, modernizar as nossas escolas e, o que é mais urgente, tornar realidade projetos contra as secas e melhor IDH das nossas cidades. Esses recursos, sabemos, caíram no sumidouro da corrupção. Assim, aonde chegaremos?

Delegacias. Ontem, na Assembleia Legislativa, o deputado Renato Roseno (Psol), de seriedade e competência reconhecidas, alertava para um fato inaceitável: não existem Delegacias da Mulher nas cidades de mais de 70 mil habitantes, como exige a Lei. Sobre isso, ele coordenou audiência pública, com a presença de entidades de defesa da mulher.

Pecados. Para o deputado Roberto Mesquita (PSD), o ex-presidente Lula da Silva, que chegou a ter 85% de apoio popular, jogou tudo isso fora, no momento de escolher o seu sucessor. A escolha de Dilma Rousseff foi um erro imperdoável. À essa sua protegida, faltou o que mais se exigia de um governante do nosso País: competência para governar. Ou seja, faltou tudo.

Penduricalho. Quarta-feira, da tribuna da AL, o deputado Heitor Férrer (PSB), trouxe à tona tema, que tem merecido seguidas críticas: a existência, em Brasília de uma tal “Casa do Ceará”. Um local que não serve para hospedar o governador, secretários ou outras autoridades, está custando, por mês ao bolso do cearense R$ 67 mil. Mais uma inutilidade cara e injustificada.

Papelão. No enredo tragicomédia “interpretada” pelos nossos políticos e empresários, e vivida pelos brasileiros, há personagens que conseguem se superar em matéria de ridicularias praticadas. O campeão absoluto: o ministro-chefe do Gabinete de Dilma, Jacques Wagner. Ao bajular Lula, ele disse “Eu seria o carregador da sua pasta!…”

Grandeza. Num país onde políticos pernósticos, julgam-se acima do que são, são raros os gestos de grandeza por personagens de alto nível. É o caso do juiz Moro, o mais importante magistrado do País, ao se desculpar junto ao STF, pela publicação de gravações envolvendo a presidente Dilma, mesmo sendo matéria criminalmente legal.

Cara-pintada. Há tempos, o enfatuado senador Lindbergh Farias, após trocar o PCdoB, que “fez dele gente”, pelo PT, o ex-“cara pintada”, virou o mais virulento dos senadores. Na defesa irracional do governo da presidente Dilma, ele tem se comportado como um bagunceiro. Sua última amostra de ética: chamar de “assaltante” o vice-presidente Temer.

Ah! A luz! Em meio à crise em que o PT e Dilma ”atolaram” o país, o consumidor mais modesto, vive sempre de olho nas tarifas – água, luz, telefone, aluguel, etc. Quarta-feira foi anunciada redução das tarifas de energia, pelo Ministério das Minas e Energia. Mas, aqui, a COELCE anunciava aumento, que ainda seria resolvido com a ANEEL…
(REDATOR
SUBSTITUTO)

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