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Mesmo demitindo, Petrobras é o maior “cabide”

Penso que Lula não vai escapar
Ex-deputado Roberto Jefferson e o envolvimento de Lula no mensalão e petrolão

D esde o início do petrolão, que surrupiou R$ 21 bilhões da estatal, a Petrobras demitiu mais de 30 mil pessoas, a maior parte terceirizados. O novo programa de demissões voluntárias objetiva demitir outros 12 mil. Mesmo após os desligamentos, a estatal ainda é a petroleira que mais emprega no mundo, à frente das gigantes Shell, Exxon Mobile e British Petroleum. E muito atrás delas em desempenho e lucros.

Assim
não dá
A Petrobras opera 7.000 postos de combustíveis no mundo, e a Shell 44.000. A Petrobras registrou, em 2014, cerca de 3% do lucro da Shell.

Ineficiência
A Shell, a Exxon e a British Petroleum (BP), juntas, empregam cerca de 262.000 pessoas, quase 13 mil a menos que a petroleira brasileira.

Efetivos
A Petrobras paga salários a 249.000 pessoas, das quais 84.000 são concursadas. Juntas, Exxon e Shell empregam 177.500.

Ineficiência
estatal
Em 2014, a Petrobras lucrou US$ 1 bilhão; a Shell, US$ 14 bilhões; a Exxon, US$ 32,5 bilhões e a BP, US$ 12,1 bilhões.

“Cumpanhêrada”
Com orçamento de quase R$10 bilhões, não faltou dinheiro ao Dnit para criar, do nada, 475 funções de confiança em 2015.

Andou para trás
Enquanto cortou 1,1 mil cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), Dilma criou duas mil funções comissionadas no ano passado.

Sopa de letrinhas
Os 100 mil cargos estão divididos em 47 siglas e abreviações das mais variadas espalhadas por Abin, AGU, Anac, Presidência, entre outros.

Meirelles com Michel
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, filiado ao PMDB, lidera dez entre dez listas de prováveis futuros ministros. Rejeitado por Dilma, que não o suporta, ele tem Michel Temer entre os admiradores.

Rainha Elizabeth
O ex-presidente Lula e o ministro Ricardo Berzoini (Governo) atuam na linha de frente do “toma lá, dá cá” para tentar barrar o impeachment de Dilma. A presidente nem sequer toma conhecimento das negociações.

Articulador na ativa
Lula se reuniu dias atrás com os seis ministros do PMDB estimulando-os a afrontar a decisão do partido de romper com o Governo. Prometeu que ficarão Kátia Abreu (Agricultura) e Helder Barbalho (Portos).

Pagamento à vista
Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), do PMDB, aproveitaram a fragilidade do Governo para emplacar o ex-senador Luiz Otávio na direção-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Freio de arrumação
Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) ficou surpreso com a reação da bancada na Câmara, que subiu o tom e o impediu de aceitar oferecimento de cargos de ministro até 12 de abril.

171
Na visão do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um Governo que não tem 171 votos na Câmara já perdeu as rédeas da situação. “Sem 171 deputados, Dilma não tem a menor condição de governar”, diz.

E o mosquito, madame?
Permitir que o Ministério da Saúde seja usado para atender interesses políticos é prova de que, para Dilma, é mais importante se dedicar a impedir a liquidação do seu Governo do que liquidar focos do mosquito.

Olho grande
Os partidos ainda aliados de Dilma, com um pé fora do Governo, acham que se de fato assumir o Governo, Michel Temer somente não deveria negociar ministérios como Fazenda, Planejamento e Casa Civil.

Pensando bem…
… o rombo na Petrobras é tão profundo, que vai chegar no pré-sal.

o poder sem pudor

Deputado pela UDN nos anos 40, Otávio Mangabeira foi designado para representar a Câmara numa demonstração de tiro da Marinha, em alto mar. Ele foi com uma certa má vontade. A bordo do navio de guerra, era visível seu desinteresse. O comandante armou a vingança quando viu o absorto Mangabeira tomar um grande susto ao primeiro disparo de canhão:
– Ora, deputado, não vá me dizer que está com medo…
Otávio Mangabeira foi rápido no gatilho:
– Estou sim, almirante. O único lugar seguro por aqui é o alvo.

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