Dilma está perdendo o equilíbrio
Senador Romero Jucá (PMDB-RR), sobre ataques irados da Presidente a Michel Temer
Após participar de manifestação que reuniu três mil pessoas no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, o ex-presidente Lula teve uma conversa dramática com amigos e artistas que o acompanhavam. Entre um copo e outro, chegou a avaliar que “o governo Dilma chegou ao fim”. Mas, ele estava mais interessado em saborear mais um resultado de pesquisa Datafolha que o agradou, situando-o bem na disputa presidencial.
Calou fundo
Lula fez a avaliação sobre “o fim” do governo Dilma sob o impacto da votação da comissão do impeachment, duas horas antes.
Hostilidade
Quando percebeu que fracassariam entendimentos com partidos, como PP e PRB, já hostis a Dilma, Lula entregou os pontos.
Discurso
profano
“Se tivesse preocupado em reverter votos favoráveis ao impeachment, ele não estaria na parte profana”, ironiza o tucano Bruno Araújo (PE).
Chance única
Até a oposição considera que a melhor chance de sobrevivência de Lula e o PT é voltarem à oposição após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Dilma pega mal
Dilma e Lula queriam dar a posse simultânea, nos três novos cargos do PP, primeiro na quarta (6). Depois, nesta quarta (13). Ninguém aceitou.
Não dava mais
Os deputados do PP colecionam histórias de desprezo e grosserias de Dilma. Por isso, as tentativas de entendimento foram inúteis.
Evitando a derrota
Apesar de apoiar Dilma, o presidente do PP, Ciro Nogueira, disse que “não conduziria o partido à derrota”. E acatou a vontade da bancada.
Objetivo final
A 28ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Vitória de Pirro, deve chegar em Alagoas. A força-tarefa investiga a ligação do ex-senador Gim Argello ao financiamento de campanhas eleitorais no estado.
Renan não pode protelar
O presidente do Senado, Renan Calheiros, se recusa a dar prazo para análise do impeachment, se for aprovado na Câmara. Mas, a rigor, Renan não tem o que fazer, porque está no regimento interno: ele deve instalar a comissão no dia seguinte à notificação da Câmara.
Saboreando a fama
Os 15 minutos de fama do presidente da Comissão do Impeachment subiram à cabeça do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que, agora, circula nas ruas de Brasília sob escolta de carro com quatro seguranças.
Tanto por tão pouco
Deputados do PMDB ainda ministros do governo Dilma, Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) só lideram os próprios votos, dois, contra o impeachment.
Pixuleco pede passagem
Os partidos de oposição pediram ao governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), a autorização para carros de som e inflar bonecos como o Pixuleco e Dilma, com roupas de presidiários, no domingo.
A última que morre
Os ex-ministros Henrique Alves (Turismo) e Mauro Lopes (Secretaria de Aviação Civil), do PMDB, ainda aparecem como ministros no portal do Planalto. George Hilton (Esporte), do Pros, já foi defenestrado do site.
Apenas linha
auxiliar
O processo do impeachment serviu para desfazer mitos. Confirmou, por exemplo, que Psol e Rede ainda não desencarnaram das origens, e, no Congresso, são apenas linhas auxiliares do PT de Dilma e Lula.
Fim da linha
“Com o desembarque do PP, acabou para o Governo”, garante o deputado Paulinho da Força (SD-SP), sobre o rompimento do PP com o governo Dilma, que deve ser anunciado nesta quarta-feira (13).
Pensando bem…
…“fora, Cunha” não quer dizer “fica, Dilma”.
Lição de austeridade
Quando os políticos falam em “austeridade”, nem de longe pensam em seguir o exemplo do marechal Henrique Teixeira Lott, ministro da Guerra de JK. Em 1955, o deputado Armando Falcão era líder do Governo na Câmara e quis subir a serra para visitar familiares, em Araras, mas o seu carro quebrou. Ele soube que Lott também subiria a serra e telefonou:
– Ministro, o senhor pode me dar uma carona?
– Posso, pois não. Mas só até Petrópolis. De lá, o senhor aluga um táxi. A gasolina é do Exército e não posso gastá-la com ninguém de fora…