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O circo do “impeachment”

A votação da admissibilidade do processo de “impeachment” da presidente Dilma, na Câmara dos Deputados, que poderia ter sido uma grande demonstração de civismo, terminou sendo transformada no mais mambembe de todos os espetáculos que o país poderia mostrar, não só aos brasileiros, como, e, principalmente, aos demais países. Hoje, quem tem gravada a inacreditável sequência de bufonarias, dispõe de material para se divertir, ou para se indignar por muitos anos. Foi um domingo para esquecer esquecido.
Do Oiapoque ao Chuí, pessoas de todos os níveis sociais e culturais, continuam sem acreditar que aquele espetáculo tenha realmente ocorrido. A culpa, entretanto, em boa parte, foi o “palpite infeliz” de se permitir que cada deputado tivesse tempo para comentar e justificar o seu voto, em vez de declarar apenas SIM ou NÃO. Ao elastecer os 10 segundos iniciais. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deu chance para que políticos demagogos, que nunca tiveram voz, tivessem alguns segundos de triste fama.
Uma multidão de telespectadores suportou, durante horas, impropérios de todos os tipos, palavrões de todos os calões, baixarias próprias de lupanares, agressões, insultos, lorotas hilariantes, etc. Um deputado disse votar pelos terroristas Marighella e Lamarca; outro, em represália, louvou um torturador. Para completar a inacreditável “comédia dos erros”, o deputado Jean Wyllis, ao tentar o “lançamento de cuspe” no ano das Olimpíadas, errou a cusparada disparada contra o deputado Bolsanaro… Vergonhoso, mas inesquecível.

Portas abertas. Se o PDT e o PP insistirem no propósito de expulsarem os suas parlamentares por terem desobedecido as sues determinações a favor ou contra o “impeachment”, estarão “dando tiro no pé” e criando novas “janelas” para quem quer trocar de sigla. Isso porque o PMDB e outros estão de portas escancaradas para acolher os “desobedientes”.

Planos falhos. Os planos de saúde, que deveriam colecionar elogios, são, há tempos, alvos de críticas por maus serviços, e também de denúncias por falta de cobertura para alguns casos. Agora mesmo, a AL e o MPE preparam ações direcionadas às dificuldades de atendimentos médicos a domicílio a pessoas que não podem se deslocar de suas casas.

Vergonhoso. O ex-presidente do Superior Tribunal Federal, e ex-relator dos crimes do “mensalão”, Joaquim Barbosa, que andava calado, veio a público para afirmar que, se o rito com que foi desenvolvida a votação sobre o “impeachment” foi correto, o espetáculo da votação foi algo inadmissível num país que se diz democrata, e cuja sociedade é respeitadora da Constituição. Para ele, “tudo o que ali foi registrado, não passou de uma cena deplorável, que deu ao mundo uma péssima impressão daquilo que é o nosso país”.

Celerados. A notícia vem sendo incessantemente publicada, tendo em vista os próximos fatos relacionados com a votação do “impeachment” no Senado Federal: baderneiros da CUT, UNE, MST e outros. Financiados pelas “tetas” do Governo, apregoam que nos próximos dias, estarão em ação nas ruas do país para impedir a saída da presidente Dilma. Uma dessas ações tem sido a agressão a deputados que votaram SIM na votação de domingo passado.

A fonte secou. Apesar dos apelos feitos na AL, por deputados de todas as tendências, no sentido da máxima urgência para o funcionamento do Hospital Regional de Quixeramobim, essa esperança tornou-se grande desengano. O governador Camilo Santana não conseguiu com o Governo Federal a liberação da verba de custeio, prejudicando mais de 21 cidades.

Pobres “inocentes”. A nova tentativa de aprovação da PEC da redução da idade penal continua “esbarrando” em motivações, no mínimo hilariantes. Uma delas, segundo os “paladinos” dos direitos humanos é que um “inocente” jovem de 16 a 18 anos, não tem ainda a devida consciência da gravidade dos homicídios, assaltos, estupros e sequestros que praticam…

Sabotagem. Tem causado revolta, posições ultimamente assumidas pelo PT e seus aliados, sob a orientação do ex-presidente Lula. A saída, segundo eles, é fazer de tudo para “sabotar” o governo de Michel Temer. É o espírito deletério dos marxistas-leninistas-satalinistas-castristas que parte da população brasileira ajudou a se apoderar do poder no país, nos últimos doze anos.
(REDATOR
SUBSTITUTO)

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