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Fortaleza

União necessária

A maior crise econômica e financeira que já assolou o país, e que atingiu de cheio os estados do Nordeste, e que não poupou o nosso Ceará, está a exigir um momento de séria reflexão sobre a união de todas as camadas da sociedade em defesa de projetos importantes e urgentes e que, por desorganização econômica nacional, acham-se, ou interrompidos, ou até sem ser iniciadas as suas obras. O assunto foi oportunamente provocado pelo vereador Salmito Filho, presidente da Câmara Municipal de Fortaleza.
O assunto é muito mais sério do que se possa imaginar, e merece ser colocado com muita seriedade e firmeza, tendo em vista as perdas infligidas a todos os municípios, e com mais gravidade Fortaleza, que abriga uma população que se multiplica a cada ano, e com ela, os problemas. Portanto, urge unir forças como universidades, partidos políticos em geral, universidades, MPE, OAB-CE, representações populares entre outros, com o que se possam desencavar incontáveis milhões de reais, aprovados, mas contingenciados.
Para o deputado Carlos Matos, do PSDB, um dos motivos para esse emperramento de recursos aprovados, é que, para destravá-los, tentativas vêm sendo feita por deputados, senadores, governador, prefeitos e por outras lideranças isoladas. É aí que entre a velha fábula do feixe de varas que, separadas, serão todas quebradas, mas unidas tornar-se-ão inquebráveis. Urge, assim, aproveitar o novo governo, para unir todas as forças do Estado, se é que queremos resgatar recursos cruciais para um Estado pobre e vitimado pelas secas.

Vai ter arrocho – A se acreditar nas afirmações de presidentes e de membros do TCE, TCM e TRE-CE, vai haver muito “arrocho” em cima de partidos políticos e de pré-candidatos, seja a vereador, prefeito e vice-prefeito. O objetivo, diz o presidente do TCM, Chico Aguiar, é se evitar que a Justiça Eleitoral ou a Justiça Comum tenham que se desdobrar como sempre tem ocorrido, para investigar e punir gestores e legisladores desonestos. É bom, portanto, que os dirigentes partidários atentem para isso.

Lei polêmica – No estado de Alagoas, a Secretaria Estadual da Educação baixou uma lei que tem tudo para se espalhar como fogo em bambuzal, inclusive, país a fora. Trata-se da proibição de abordagens em sala de aula, em defesa de pontos de vista políticos, religiosos e filosóficos. Diante da polêmica gerada, até o Governo do Estado já entrou com recurso na Justiça, visando impedir prejuízos para os estudantes. E se essa lei chegar por aqui?…

Waldir “pau mandado” – Na História Política Brasileira, não se registram palhaçadas mais espalhafatosas do que aquela protagonizada pelo presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão. Num resumo da farsa interpretada pelo deputado maranhense, ele agiu como “pau mandado” do advogado-geral Eduardo Cardozo, esperto e fanático defensor da presidente Dilma Rousseff, e que viu nele a arma perfeita para tentar postergar o impeachment, “inventando” uma “anulação” da sessão da Câmara dos Deputados que derrotou o governo.
Questão de coragem – O governo de Michel Temer, seja de seis ou de dois anos e meio, será um grande desafio à coragem dele, se realmente deseja equilibrar a economia do país, sabendo-se que o ponto principal, e que apavora os extremistas da esquerda: a diminuição do tamanho do estado. Se conseguir isso, poderemos sonhar em nos ombrear com as grandes democracias, sejam do Ocidente ou do Oriente. Rata-se, segundo o senador Tasso (PSDB), de uma medida urgente e inadiável, diante do fracasso que esse sistema representou no Brasil.

Camilo e o PT – Segundo já admite o deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara dos Deputados, além de figura mais influente do PT-CE ao lado do senador José Pimentel, e do hoje governador do Estado Camilo Santana, embora o PT da capital tenha todo o direito de batalhar por uma candidatura própria à PMF serão fundamentais muitas tentativas de diálogo com o ocupante do Palácio da Abolição. Sem isso, o partido poderá sair “rachado” e menor.

Despreparo – O “teatro do absurdo”, que foi o ato intempestivo (e desonesto) do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), provoca, segundo o deputado Raimundo Matos (PSDB), um repensar em relação ao despreparo e o baixo conhecimento da Constituição, em todos os níveis, dos futuros representantes do povo. Se o deputado Waldir tivesse consciência do seu ato, a desastrosa “anulação” da sessão do impeachment não teria acontecido.
(REDATOR SUBSTITUTO)

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