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Fortaleza

Ingratidão que fere

Segunda-feira, dia 23, na Câmara Municipal de Fortaleza, uma pomposa sessão solene requisitada pelo vereador Deodato Ramalho, do PT, aquela Casa festejou, com todas as honras de praxe, os 70 anos de fundação do populoso Bairro do Montese. Foram homenageados vários personagens, incluindo ex-pracinhas da Força Expedicionária Brasileira – FEB, ou pessoas responsáveis pela história daquela que é uma das regiões mais desenvolvidas da capital cearense, assim como da Região Metropolitana de Fortaleza, e com todos os méritos.
Mas a significativa festa teve o seu lado altamente negativo, diante de um fato que, por esquecimento, ou por pública demonstração de ingratidão, doeu na alma de muita gente que conhece e que reconhece que o bairro teve um representante naquela Câmara Municipal, que foi o seu verdadeiro símbolo por 28 anos, e que era “a cara do Montese”; Raimundo Narcílio Andrade. Naquela sessão, não se pronunciou uma única palavra sobre aquele que durante sete mandatos de vereador, dedicou-se de corpo e alma ao desenvolvimento daquela comunidade.
Narcílio, depois de doar toda a sua vida política ao crescimento político, econômico, educacional e humano do Montese, mantém há anos a luta contra uma grave diabetes e suas consequências, pelo que teve de se retirar da política. Só os ingratos ou os que não o conhecem ignoram a presteza e a amabilidade com que sempre tratou todos os profissionais de imprensa, a habilidade com que conduziu vereadores aliados e adversários, assim como todos os moradores do bairro do seu coração. Esquecê-lo, é ingratidão que fere fundo. O Montese não terá outro Narcílio.

SÁBIOS DO SERTÃO – No interior do NE, desde priscas eras, são respeitadas as sábias “tiradas” das pessoas mais antigas. São jargões cheios de verdades e de fino humor. Um deles é: “A desgraça do pau verde é ter o seco encostado. Vem o fogo, queima o seco, e deixa o verde sapecado”. Pois esse é o risco que corre o “atual” presidente do Brasil, Michel Temer. Ele sabe que companhias tipo Dirceu e outros, ajudaram a corroer os governos de Lula e de Dilma. Agora, ele lamenta pó “tiro no pé”, que foi entregar o Planejamento a Homero Jucá, que mostrou ser uma péssima companhia.

QUALIFICATIVOS – A fama, que em muitas ocasiões, traz momentos de glória, mas pode também, ser revertida. O ex-presidente Lula é um exemplo. Na presidência, quando surpreendeu até os grandes países com a sua desenvoltura, chegou a ser mimoseado pelo presidente Barak Obama, dos Estados Unidos como “o cara”. Conhecidas as presepadas, dele e de seus apaniguados, a situação é outra. Em recente entrevista, o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, e que desmascarou o “mensalão” define Lula como “uma autêntica impostura tridimensional”.

OLHA A HISTÓRIA – Em 1930, após o líder gaúcho Getúlio Dornelles Vargas, com o apoio da chamada “Revolução dos Tenentes”, comandou a queda do então presidente da República, Cr. Washington Luís Pereira de Souza, este foi, de imediato “despachado” para um exílio de 24 anos na Europa. E não tinha cometido uma fração infinitesimal do que o governo de Dilma Rousseff cometeu. Agora, jornalistas vermelhos esperneiam e espumam, acusando o governo Temer de tentar “sitiar” Dilma no Alvorada, quando ela tem toda a liberdade de agir.

PERSPECTIVAS DELES – A aprovação do impeachment da presidente Dilma revelou perspectivas interessantes, da parte dos que foram a favor, e dos que se indignaram ante esse ato impeditivo, que constitucional. Alguns jornalistas cearenses, marxistas-leninistas-stalinistas, para não “perder a viagem”, ou a chence de condenar essa aprovação, afirmam que a imprensa política brasileira errou, ao “desequilibrar” a situação contra a presidente impedida. Ora, ora! Queriam que a imprensa, arma de 200 milhões de brasileiros, ficasse contra os 805 que queriam essa saída?

PERDENCO O ASSENTO – A senadora Kátia Abreu, que era uma das  figuras mais poderosas do Senado Federal, conseguiu, por conta de manobras táticas equivocadas, perder a chance até de ser, num futuro próximo, a candidata à presidência da República. Foi ingrata com o DEM, que lhe o mandato, trocando-o pelo PMDB, e com a CNA da qual foi presidente. Em vez de ficar solidária com os líderes desse partido, preferiu virar escudeira e confidente da presidente Dilma. Moral da história: deverá ser expulsa do PMDB, enquanto a CNA não quer mais ouvir falar nela.
(REDATOR SUBSTITUTO)

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