Pesquisa divulgada, ontem, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que 58,4% dos 3.534 mil quilômetros das rodovias cearenses avaliadas apresentam algum tipo de problema, em relação à pavimentação, sinalização ou geometria da via. Segundo o levantamento, 4,2% das estradas foram consideradas péssimas, 16,8% ruins e 37,4% regulares. Apenas 6,3% da extensão rodoviária foram avaliadas como ótimas e 35,3% boas, ou seja, com condições adequadas de segurança e desempenho.
Em relação à pavimentação, 56,5% da extensão rodoviária apresentaram algum tipo de deficiência. Por outro lado, 43,5% da malha foram consideradas ótimas ou boas. O levantamento apontou, ainda, problemas com sinalização em 47,4% das rodovias avaliadas.
Rodovias 2015
A Pesquisa CNT de Rodovias 2015 percorreu e avaliou mais de 100 mil quilômetros de rodovias pavimentadas por todo o país, um acréscimo de 2.288 quilômetros (2,3%) em relação à Pesquisa de 2014. Da extensão total avaliada nessa 19ª edição, 57,3% apresentaram algum tipo de deficiência no estado geral (que inclui a avaliação conjunta do pavimento, sinalização e geometria da via), sendo que 6 ,3% estavam em péssimo estado, 16,1% ruim e 34,9% regular. Possuem condições adequadas de segurança e desempenho 42,7%, que tiveram classificação ótimo ou bom no estado geral.
Sobre a pavimentação, foram identificados 48,6% da extensão com algum tipo de deficiência. A sinalização apresenta problemas em 51,4% da extensão avaliada, e a geometria da via em 77,2%. Os problemas das rodovias brasileiras tornam-se ainda mais graves com a constatação de que 86,5% dos trechos avaliados apresentam rodovias simples de mão dupla.
A série histórica desse estudo consolidado revela a necessidade de priorizar o setor de transporte para que a logística se torne mais competitiva e para que o Brasil ofereça melhores condições de segurança para a sociedade. As indicações da Pesquisa CNT de Rodovias são uma referência para a definição e aplicação dos recursos de forma eficaz.