A queda da venda de imóveis em todo o Brasil, em média, está em torno de 25%, de acordo com o empresário Armando Cavalcante, diretor-tesoureiro do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci). Lembra ainda que, em Fortaleza, esse recuo está sendo na faixa de 20%, o que é um percentual muito alto e que prejudica a classe que tem, na comercialização de casas e apartamentos, o seu meio de vida.

Ele aponta que existe uma série de fatores que motivaram essa desaceleração no mercado imobiliário nacional e regional. Primeiro foi a crise na economia brasileira, gerada pela crise política, e principalmente, porque a Caixa Econômica, maior financiadora de imóveis, aumentou os juros dos empréstimos em meio por cento. Isso, segundo ele, parece pouco, mas no todo do valor da negociação, esse percentual representa uma grande diferença.

O empresário ressaltou que a Caixa Econômica Federal não tem dinheiro para atender às demandas que juntando com a crise econômica derruba as vendas dos imóveis. “O problema da Caixa é dinheiro, porque as “pedaladas” da presidente Dilma Rousseff, como o Tribunal de Contas da União já comprovou, deixaram os cofres da entidade praticamente vazios”, lamentou.

Cavalcante lembra que a presidente Dilma anunciou, cerca de um mês atrás, que ia iniciar a terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Ele acrescenta que isso é uma promessa falsa, porque ainda não foi concluída, sequer, a segunda etapa desse programa habitacional. E observa que o Governo não pagou uma boa parte da 2a etapa do MCMV, o que acabou complicando a vida das construtoras. (Com informações de Tarcísio Colares).