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‘Jihadistas vêm ao Brasil e merecem respeito’, diz ministério em rede social

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O Ministério da Justiça escreveu em seu perfil oficial no Facebook que “jihadistas” vêm ao Brasil “para trazer mais progresso ao nosso país” e, por isso, “merecem respeito”.

A frase foi escrita em resposta a um dos comentários sobre a campanha do governo contra a xenofobia e causou mal-estar nos bastidores do ministério.

Na semana passada, a foto de uma senhora neta de espanhóis e portugueses foi postada na página do Facebook do Ministério da Justiça acompanhada da mensagem: “Imigrantes de todas as partes do mundo ajudam a construir nosso país”.

Nos comentários, um usuário da rede social afirma que “imigrantes pacíficos são bem-vindos, já os jihadistas devem ser bloqueados de entrar no Brasil”.

Em resposta, o Ministério da Justiça afirmou nesta quinta-feira (5) que era preciso “desconstruir alguns conceitos”.

“Os jihadistas, assim como qualquer outro povo de qualquer outra origem, vêm ao Brasil para trazer mais progresso ao nosso país e merecem respeito”, diz o texto postado pela pasta, que foi curtido por 12 usuários.

Jihadistas são radicais islâmicos que veem a luta violenta como forma de defender o islamismo e a comunidade muçulmana contra aqueles que consideram infiéis e apóstatas (pessoas que deixaram a religião).

Muitos muçulmanos, porém, evitam o uso do termo “jihadista” por acreditar que se trata de uma associação incorreta entre conceitos religiosos nobres e a violência ilegítima.

Segundo a reportagem apurou, a resposta foi considerada “um erro absurdo” pelo ministério, além de ter causado reações de diversos internautas, que chegaram a postar que o MJ está “apoiando terroristas”.

A resposta oficial ficou no ar até as 10h20 desta sexta-feira (6). Com a edição, o ministério lamentou o ocorrido. “O Ministério da Justiça lamenta o erro cometido na resposta no qual confunde os jihadistas com um povo. O erro crasso foi corrigido”.

REINCIDENTE

Não é a primeira vez que um post no Facebook do Ministério da Justiça causa polêmica.

No mês passado, a mesma campanha contra a xenofobia trouxe uma imagem em que um jovem negro dizia: “Meu avô é angolano, meu bisavô é ganês. Brasil, a imigração está no nosso sangue”.

Na ocasião, usuários da rede social comentaram a publicação dizendo que imigrantes dessa nacionalidade vieram ao Brasil “traficados” e “escravizados” e que este, portanto, não era um exemplo de imigração.

Em resposta, o MJ afirmou que agradecia as contribuições e “apoia a importante discussão sobre a escravidão na nossa história”.

DA REDAÇÃO DO ESTADO ONLINE
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Fonte: Folha Press

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