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Isolada desde 1949, Taiwan manterá reunião histórica com China no sábado

China Tawain

Ela não é membro das Nações Unidas. Nas Olimpíadas, compete como “Taipei Chinesa”. A maioria dos países não a reconhece como um país.

A economicamente dinâmica e autogovernada ilha de Taiwan luta contra o isolamento diplomático e uma identidade conflituosa que não faz dela uma nação soberana -embora muitos taiwaneses insistam o contrário.

Taiwan tem independência de facto da China continental, mas isso nunca foi formalizado. Por isso, ela ainda compete com o continente para ser a “verdadeira China”.

A ilha manteve seu nome oficial de “República da China”, associado a uma Constituição que define que seu território abrange a porção continental. Na opinião da China comunista, porém, Taiwan é parte de seu território e insiste que os dois lados se reúnam em algum momento.

Entre os 23,5 milhões de taiwaneses, o sentimento pró-reunificação com a China vai diminuindo. Pesquisas mostram maiorias significativas que apoiam manter apenas o status quo de independência de facto.

Essas contradições corroboram a política da ilha, que toma uma posição de frente com o anúncio de conversas entre os presidentes de China e Taiwan neste fim de semana em Cingapura —o primeiro desde que os dois lados romperam na guerra civil chinesa.

A identidade complicada de Taiwan vem de uma história recente tumultuada e, claro, de política.

Antiga colônia japonesa, Taiwan -historicamente chamada de Formosa, um nome dado por navegadores portugueses- foi entregue à República da China sob os termos da rendição do Japão na 2ª Guerra.

Mas quando os comunistas de Mao Tsé-tung ganharam a guerra civil chinesa, em 1949, os nacionalistas derrotados de Chiang Kai-shek transferiram seu governo inteiramente para a ilha.

Décadas de repressão política se seguiram até que Taiwan se tornasse cada vez mais isolada diplomaticamente, finalmente perdendo seu assento no Conselho de Segurança da ONU para a ascendente República Popular da China, em 1971.

Os Estados Unidos, então, romperam laços com a ilha em 1979, mas, até o final dos anos 80, a oposição democrática pró-independência passa a ter vitórias eleitorais sobre os nacionalistas da linha dura, presos ao ideal da unificação.

Isso culminou na primeira eleição direta presidencial, em 1996, acompanhada por tentativas chinesas de intimidar os eleitores com testes de mísseis no Estreito de Taiwan. O Partido Democrático Progressista ganhou a presidência em 2000 e permaneceu por oito anos, até que uma ressurgência nacionalista colocou Ma Ying-jeou no poder.

A última década viu a China moderar suas palavras e ações em relação a Taiwan na busca de impulsionar as forças pró-unificação, incluindo uma trégua diplomática não oficial que não tome da ilha seus 22 aliados diplomáticos que restaram.

O arranjo pode ser arruinado caso Pequim conclua que medidas mais duras serão necessárias, deixando Taiwan, mais do que nunca, como um órfão internacional.

DA REDAÇÃO O ESTADO ONLINE
Fonte: Folhapress
(NR)

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