Às vésperas de sediar o maior evento esportivo do planeta, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) reúne-se, amanhã, para analisar um projeto de lei do Senado que tem objetivo de incentivar a prática esportiva nas escolas de educação básica. O projeto contém normas para a promoção do esporte nas escolas e estabelece que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem apoiar jogos escolares como forma de promoção do desporto escolar. O projeto é importante, porque a escola tem o papel fundamental de incentivar e promover a democratização ao acesso ao esporte no Brasil. É nas escolas que os grandes países começam a descobrir talentos que, mais tarde, se converterão em medalhas olímpicas e reconhecimento internacional. Todavia, para que isso aconteça, é essencial que as escolas disponham de infraestrutura para o desenvolvimento de, no mínimo, três modalidades esportivas, de modo a dar vazão aos talentos naturais. Sem essa infraestrutura mínima, fica muito difícil tanto revelar esses talentos, como manter os jovens interessados na prática esportiva. Afinal, quadras esburacadas e escuras desestimulam qualquer paixão desportiva.
Ao contrário de países europeus, por exemplo, a base demográfica brasileira ainda é composta, majoritariamente, por jovens, o que nos tornaria, em tese, um celeiro de novos talentos em todas as modalidades esportivas. Sabendo lapidar esses diamantes, em poucos anos, o Brasil poderia se tornar uma potência olímpica. No entanto, verdadeiros tesouros são desperdiçados pelo ralo da incompetência, da má gestão e da precária infraestrutura que penaliza aqueles que querem dedicar a vida ao esporte.
Que a realização dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro, no próximo ano, seja uma oportunidade para virarmos o placar em prol de uma juventude saudável, produtiva e, acima de tudo, de alto nível desportivo e profissional.
