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Lama avança, e governo do Espírito Santo faz apelo por água mineral

Barragens

O governo do Estado do Espírito Santo lançou nesta segunda-feira (9) uma campanha para a doação de água mineral para abastecer os moradores dos municípios de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, que devem ser afetados pela onda de lama resultante do rompimento das barragens da mineradora Samarco em Mariana, Minas Gerais. As doações estão sendo recebidas pelo Corpo de Bombeiros do Espírito Santo.
As aulas foram suspensas em Baixo Guandu e, a partir desta terça (10), em Colatina. Não há previsão de quando serão retomadas.

A previsão é que os rejeitos atinjam o reservatório da represa de Aimorés até o final da tarde desta segunda (9), quando será suspensa a captação de água para abastecimento do município de Baixo Guandu, na divisa do Espírito Santo com Minas Gerais. Cerca de 25 mil pessoas devem ser afetadas.

Depois, a lama deve chegar a Colatina, cidade com 111 mil habitantes, na manhã desta terça e seguir até Linhares, onde moram cerca de 140 mil pessoas.

Além de água mineral, governo e prefeituras pedem ajuda a empresas que possam ceder carros-pipa para atuar nos municípios. Em Colatina, cerca de 30 carros-pipa emprestados por outras prefeituras já estão mobilizados para assegurar o abastecimento de água para moradores e serviços essenciais, como hospitais e postos de saúde. A captação e tratamento de água no município, no entanto, só serão interrompidos quando a lama chegar à cidade.

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, montou um comitê de emergência para acompanhar o caso -ele deve sobrevoar a região ainda nesta segunda.

O prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski, disse que, assim que a lama atingir a cidade, serão feitas análises sobre a qualidade da água. “Acho que teremos ao todo entre 40 e 50 carros-pipa para mantermos o mínimo de atendimento, mas infelizmente o carro-pipa não substitui a captação”.

Máquinas da Prefeitura de Linhares começaram a trabalhar na manhã desta segunda-feira para remover bancos de areia que, devido à seca no Espírito Santo e Minas Gerais, haviam fechado a foz do Rio Doce -o objetivo é facilitar o escoamento da lama. Desde o mês passado o rio já não chegava ao mar, por conta do baixo volume de água.

MORTOS

A polícia confirmou nesta segunda (9) o nome da segunda vítima fatal do rompimento de duas barragens na zona rural de Mariana (MG). Com a identificação, há ainda 25 pessoas desaparecidas após a tragédia.

Segundo o delegado Rodrigo Bustamante, a família de Sileno Narkievicius de Lima, 47, identificou o corpo. Ele era motorista da Integral Engenharia, empresa que prestava serviços à Samarco, mineradora responsável pelas barragens.

DA REDAÇÃO O ESTADO ONLINE
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Fonte: Folhapress
(NR)

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