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Fortaleza

Uma lei que não será aplicada

Prevista para amanhã a votação, na Câmara, do projeto de repatriamento de dinheiro irregular que brasileiros mantém no exterior, a impressão é de que a montanha vai gerar um rato.

No caso, um rato podre, porque o governo Dilma deve parar de imaginar o retorno maciço dos calculados bilhões de reais e de dólares mandados para fora nas ultimas décadas, sem participação à Receita Federal e sem pagamento de impostos. Poucos dos vigaristas que enviaram fortunas para a Suíça e paraísos fiscais variados estão dispostos a se expor. Mesmo diante do benefício da anistia, de não serem processados pelos crimes financeiros praticados, esses meliantes preferem deixar seu dinheiro onde se encontra, rendendo mais e em segurança. E sem a necessidade de pagarem 30% de taxa pelo retorno, ou de se tornarem conhecidos como gatunos.

Assim, o Governo ficará frustrado, pois a equipe econômica esperava arrecadar bilhões para compensar o rombo no orçamento. Ficará tranquila a imensa legião dos que mandaram para o exterior lucros provenientes da corrupção, do desvio de dinheiros públicos, do tráfico de drogas, do contrabando e até de operações comerciais que seriam honestas se porventura declaradas corretamente ao fisco. Também, queriam o quê, dessa quadrilha instalada no Brasil desde tempos coloniais?

A única expectativa correta, dentro de tanta ladroeira, seria a Polícia Federal, o Ministério Público, a Receita Federal e outras instituições identificarem quantos cidadãos e empresas tem se dedicado a transferir ativos ilegais para além de nossas fronteiras, processando e punindo todos. Só que nesse caso nem o Maracanã bastaria para abrigar tanta gente.

Em suma, encontra-se a Câmara diante de uma fantasia onde inevitáveis picaretas tentam minimizar os efeitos de uma lei que não será aplicada. Pura perda de tempo, incapaz de cobrir o rombo nas contas públicas.

Mais três no páreo
Semana passada alinhamos prováveis e possíveis candidatos à sucessão presidencial de 2018. Foram citados os ortodoxos, como Lula, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra, Michel Temer, Roberto Requião, Paulo Skaf, Marina Silva, Ciro Gomes, Marta Suplicy, Eduardo Paes e, mesmo fora do quadro partidário, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro. Não citamos aqueles tradicionais nomes que em todas as eleições lançam-se atrás de quinze minutos de glória, sem embasamento real e com raízes na megalomania.

Pois não é que através de correspondência eletrônica estamos recebendo pedidos de inclusão na lista inicial de Álvaro Dias, Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado? Que venham outros com vida partidária. Sonhar ainda não está proibido.

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