Um estudo realizado a partir da comparação de resultados internacionais indica que os gastos brasileiros em educação e saúde estão entre os mais ineficientes do mundo. Publicado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ligado ao Executivo federal), o trabalho relacionou indicadores como o grau de escolaridade e a expectativa de vida ao volume de desembolsos na área social em diferentes países.
Os autores adotaram como referência os rankings do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), criado nos anos 1990 para mensurar, além da renda, padrões de bem-estar.
Conclui-se que, consideradas despesas em educação e saúde por habitante, o desempenho brasileiro no IDH deveria ser melhor. No primeiro caso, considerados 83 países com estatísticas disponíveis, o Brasil fica entre a 43ª e a 46ª posição entre os de maior gasto público nos ensinos primário, secundário e superior. Na mesma amostra, o País ocupa o 54º lugar em IDH – Educação, que leva em conta o número médio de anos de estudo da população adulta e a expectativa de escolarização das crianças.
Países que destinam menos dinheiro do Orçamento ao setor – os exemplos incluem vizinhos como Argentina, Colômbia, Peru e Bolívia – ostentam resultados melhores que os do Brasil. Estudo calcula que o gasto brasileiro em educação seja o 13º mais ineficiente do grupo. Na saúde, o País fica na 65ª posição.