O Estado do Ceará tem uma localização geograficamente estratégica por ser um dos pontos do Brasil mais próximos da Europa e da América do Norte. Em relação à economia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação do Estado no Produto Interno Bruto (PIB) regional é superior a 14,5% e as atividades com maior representação estão concentradas nos setores de agropecuária, indústria e serviços, especialmente ligados ao setor turístico.

Diante deste cenário, a Associação dos Carcinicultores da Costa Negra (ACCN), contando com o apoio do Sebrae-CE, realizará, de hoje a quinta-feira (12), a Conferência Internacional de Indicação Geográfica da Origin (Organization for an International Geographical Indications Network), que ocorrerá pela primeira vez no Brasil. O objetivo é fomentar a discussão sobre o desenvolvimento econômico e social das diversas regiões brasileiras com potencial para se tornarem Indicações Geográficas (IG) – quando produtos ou serviços são característicos do seu local de origem atribuindo-lhes, assim, valor agregado e identidade própria.

Além disso, será avaliada a possibilidade de formação de novos indicadores e em áreas distintas, bem como divulgadas as potencialidades de todas as regiões brasileiras que possam vir a se constituir em IGs, e incentivar a troca de experiência internacional nos processos de registros de novas. No Ceará, a ACCN é a única que possui a IG, com o camarão da Costa Negra. Mundialmente, o exemplo mais conhecido é o champanhe, vinho branco espumante produzido na região de Champagne, na França.

Para a economia cearense, a conferência é relevante para despertar os produtores locais sobre a importância e as vantagens de obter o registro de IG, uma vez que no Ceará apenas a ACCN possui o registro. Segundo a presidente da ACCN, Maria Socorro Sousa Lima, ser associada à Origin, que é uma aliança global das Indicações Geográficas, traz diversos benefícios para o negócio.