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Araras-azuis são importadas do Catar para o Brasil

Da Redação
Do OeV

Na tentativa de reintroduzir as araras-azuis na natureza, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) recebeu, no último dia 26 de outubro, dois animais da espécie, que pertencem à Al Wabra Wildlife Preservation, instituição localizada em Doha, no Catar, que preserva animais ameaçados de extinção. Os animais foram desembarcados no Aeroporto Internacional de São Paulo e de lá levados ao quarentenário do Ministério da Agricultura em Cananeia, no litoral de São Paulo. O casal deverá ficar lá até o começo da próxima semana.

arara_azul

Chamadas de Rory e Amber, as aves foram trazidas ao Brasil para formar pares e produzirem filhotes. Segundo o comunicado, o diretor do Departamento de Espécies do Ministério (Desp/MMA), Ugo Vercillo, afirmou que a expectativa da instituição é trazer mais animais da Al Wabra para que seja criado, em parceria com a instituição do Catar, um centro de reprodução e soltura das aves na Caatinga, que é o hábitat natural delas. Depois disso, o objetivo é soltar as araras na natureza.

Além da tentativa de trazer mais ararinhas ao Brasil para que acasalem naturalmente, os pesquisadores têm feito inseminação artificial e agora buscam aumentar a fertilidade dos machos. As ararinhas-azuis se reproduzem pouco porque são monogâmicas. Cada casal tem, em média, três filhotes por ano. De acordo com o MMA há três fêmeas no acervo brasileiro que aguardam parceiros. O comércio ilegal foi o principal motivo para a extinção do animal na natureza. Outras causas, como a destruição do seu hábitat, também contribuíram.

Origem
A arara-azul é original do município de Curaçá, no interior da Bahia, onde a Al Wabra tem uma fazenda. Ela, contudo, está extinta da natureza e só existe em cativeiros. Alguns dos locais que preservam o animal estão no Brasil, Catar e Alemanha. A ararinha-azul da espécie Cyanopsitta spixii, que veio do Catar, é uma das quatro espécies de araras inteiramente azuis de que se tem conhecimento. Uma já não existe mais, pois foi extinta em 1892. Das outras duas, uma espécie vive na região de Juazeiro do Norte, no Ceará, e a outra, no Pantanal. São maiores do que a ararinha, que atinge até 57 centímetros de comprimento e vive aproximadamente 40 anos.

Soltura
O objetivo do MMA é começar os testes de soltura na natureza em 2017 e devolvê-lo à vida selvagem a partir de 2021. No entanto, para que essa meta seja alcançada, é preciso cooperação entre as instituições donas dos animais para que se reproduzam mais e para que tenham cada vez menos contato com o homem. Para retornar ao seu hábitat, os animais precisam “conhecer” seus predadores, assim como saber encontrar seus alimentos.

Além da tentativa de trazer mais ararinhas ao Brasil para que acasalem naturalmente, os pesquisadores têm feito inseminação artificial e agora buscam aumentar a fertilidade dos machos. As ararinhas-azuis se reproduzem pouco porque são monogâmicas. Cada casal tem, em média, três filhotes por ano. De acordo com o MMA há três fêmeas no acervo brasileiro que aguardam parceiros. O comércio ilegal foi o principal motivo para a extinção do animal na natureza. Outras causas, como a destruição do seu hábitat, também contribuíram.

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