Caiu Simone no Enem. Simone de Beauvoir é uma das pensadoras mais conhecidas da contemporaneidade. E não apenas nem principalmente por ser a companheira do famoso e ilustre filósofo Jean Paul Sartre. Com luz própria e uma personalidade fulgurante, Simone abriu caminho por entre a machista sociedade francesa e europeia com seu livro “O segundo sexo”, chamou sobre si os holofotes do questionamento que faria surgir um dos movimentos mais importantes do Século XX, o movimento feminista. Muitas mulheres certamente não se alinham inteiramente com o ideário de Simone de Beauvoir. Eu sou uma delas, diz a teóloga Maria Clara Bingemer.
– Mas não posso deixar de reconhecer seu valor intelectual e o largo e fascinante caminho que abriu para todas as mulheres do mundo, espécie ainda medrosa, envergonhada e intimidada pela discriminação de que sempre foi objeto. O fato de seus textos serem acessíveis aos jovens de ambos os sexos que hoje se preparam para entrar na universidade é extremamente positivo. São jovens que, procurando redigir um texto claro e inteligível sobre o tema, são convidados a não confirmar na sociedade em que vivem e à qual amanhã presidirão chavões lamentáveis como o título deste artigo. Mulher não gosta de apanhar.
Como todo ser vivo, mulher gosta de carinho, de amor e de respeito. A diferença é que, cada vez mais, ela está aprendendo a se defender e a demonstrar que se recusa a enquadrar-se nos estereótipos que lhe foram destinados. Trata-se de uma das maiores revoluções – senão a maior – que está em curso em nossos tempos. Quem sabe uma sociedade onde a mulher tenha um papel mais relevante poderá ser menos violenta, menos injusta, menos cruel? A história dirá. Enquanto isso, leiamos Beauvoir. Mas não só ela. Também todos e todas que na história mais recente ou mesmo mais antiga refletiram sobre a igualdade de direitos entre mulher e homem, no coração de suas inegáveis e saborosas diferenças. Aí, imediatamente depois do Enem, um babaca achando que é dono da mulher, sai de Fortaleza, vai a São Paulo, quer forçar a ex-namorada a voltar o namoro e, como não deu, matou a mulher. É um bosta.
Cinquentenário Nesta semana o Clube do Bode, comemorou os 50 anos do velho restaurante Flórida, abraçado por frequentadores de todas as idades e de todas as camadas sociais. Uma ausência foi sentida; o querido Aldifax Rios partiu antes da hora, não sem deixar sua marca (ao fundo) numa das paredes do Flórida.
Um horror verdadeiro
“Não existe mulher que gosta de apanhar; o que existe é mulher humilhada demais para denunciar, machucada demais para reagir, com medo demais para acusar, pobre demais para ir embora.”
Pit Bull
Tem o senhor que atende por Edmundo Pitbull e que já foi prefeito de Forquilha. Gostou tanto que quer voltar. Disputará a Prefeitura com o Senhor Loiola, que quer ser reeleito.
Pão de ló
Tem gente querendo que o governador do Ceará decrete emergência para tratar de mudanças do sistema carcerário do Estado.
Sopa no jantar
Faltam: Colchão de mola Sudan, café com ovo e bacon, almoço balanceado, banho de sol diário, roupa de cama mudada diariamente… Sopinha com pão passado à noite.
Lula vem aí
Espere; o tom contra Dilma, o tom contra Lula e seus filhos vai subir a decibéis insuportáveis nos próximos dias. Lula ameaçou ser candidato, de novo, a Presidente. Vixe.
Pergunta inocente
Quem se arriscaria a bancar a reforma da litorina que por um tempo ligou Fortaleza a Baturité? Quem disse que uma litorina não faria viagens românticas daqui pro Iguatu?